• seg. jun 16th, 2025

Novo protocolo para identificação precoce do autismo na atenção básica será implantado em Rib. Preto/SP

Novo protocolo para identificação precoce do autismo na atenção básica será implantado em Rib. Preto/SP

Novo protocolo pode antecipar o rastreio para crianças com 16 meses de idade no município de Ribeirão Preto, interior de São Paulo

O município de Ribeirão Preto/SP anuncia um passo importante na implantação de um protocolo padronizado para identificação precoce de sinais sugestivos de TEA (Transtorno do Espectro Autista) diretamente nas unidades básicas de saúde, que se inicia na segunda-feira, dia 16. A iniciativa fortalece o papel de enfermeiros e médicos da atenção primária como porta de entrada do cuidado integral ao desenvolvimento infantil.

A capacitação dos profissionais foi realizada nesta sexta, dia 13, e reuniu médicos pediatras e enfermeiros da atenção básica, além de equipes multiprofissionais do Centro Especializado em Reabilitação (CER NADEF), CAPS Infantil e Ambulatório de Saúde Mental Infantil.

O novo protocolo estabelece diretrizes claras para o acolhimento, triagem e encaminhamento de crianças com sinais sugestivos de autismo, com foco na intervenção precoce, fase em que o cérebro da criança apresenta maior plasticidade e melhores respostas a estímulos terapêuticos.

A principal ferramenta utilizada será o M-CHAT, um questionário de rastreio com 20 perguntas, aplicado a partir dos 18 meses de idade nas consultas de rotina, podendo ser antecipado para os 16 meses em casos suspeitos. A triagem permite identificar o risco e direcionar a criança para acompanhamento contínuo ou encaminhamento imediato para avaliação especializada.

“É um avanço importante que torna a atenção básica protagonista no cuidado com o desenvolvimento infantil. A intervenção precoce depende de um olhar preparado desde os primeiros contatos da criança com o sistema de saúde”, afirma o secretário municipal da saúde, Maurício Godinho.

O protocolo também orienta uma abordagem clínica ampliada, com escuta qualificada das famílias, observação do comportamento infantil, avaliação dos marcos do desenvolvimento e investigação de comorbidades, como prematuridade, epilepsia e deficiência intelectual.

Crianças com risco elevado serão encaminhadas ao CER NADEF, onde terão acesso ao diagnóstico multidisciplinar e ao Plano Terapêutico Singular (PTS), com participação ativa da família no processo de cuidado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *