A moda inclusiva deu espaço para as diferenças no Capital Moto Week. Durante desfile que integrou todos os tipos de corpos, a emoção tomou conta da passarela do palco Lady Bikers. Não houve distinção de cor, raça, gênero e limitação física no casting, composto por 14 modelos, entre cadeirantes, pessoas com nanismo, vitiligo e diversos tipos de diferença, além de uma mulher trans. Eles vestiram peças do catálogo de 20 anos do festival e roupas feitas sob medida para cada corpo. O desfile reuniu centenas de pessoas ao som da banda Rockit (@rockit).
A ação, que aconteceu neste domingo (23), marcou o lançamento da 3ª coleção do Ateliê Flor do Rock (@atelieflordorock), que leva o nome de “Moto Week 20”, com peças inspiradas na edição comemorativa do festival. Para a confecção dos vestidos, coletes, camisa, macacões, blazers e jaquetas, foram usados como tecidos a sarja, gabardine, malha, cetim, veludo alemão e tecido sintético. “Lançar uma coleção no Capital Moto Week significa reconhecimento do meu trabalho. Se cheguei até aqui é porque valorizam o que eu faço”, afirmou a estilista Ana Carolina Montelo.
Os acessórios corporais da Dark Sabbath (@lojadarksabbath) compuseram os looks do desfile com peças harness. Andrea Viana lidera a marca, que já alcançou repercussão nacional e internacional. O Ateliê Coisa de Preta (@coisa_depreta) entrou com tranças e criações características. O estúdio afro também atenderá no Lady Bikers todos os dias com esse trabalho ancestral de tranças no cabelo.
Bruno Marques (@brunoc6c7) é tetraplégico e, como modelo, usou blazer inspirado nos cantores Michael Jackson e Elvis Presley. A peça foi confeccionada para atender as necessidades dele, de acordo com o uso da cadeira de rodas, e conforto para uma melhor mobilidade. “Desfilar no CMW foi uma experiência inenarrável. É uma honra participar do maior evento motociclístico da América Latina”, declarou Bruno. Como mulher trans, Manuella (@manuellanjo1) disse ter realizado um sonho ao entrar na passarela como ‘Angel’: “Foi uma quebra de tabus, é uma oportunidade de mostrar nosso trabalho independente do gênero”, disse.
A organizadora do festival, Juliana Jacinto, celebrou o desfile com orgulho: “Esse desfile é a prova de que o Capital Moto Week literalmente ganhou asas e se transformou numa plataforma de transformação de cultura, de vidas e de histórias. Percebemos o impacto no ecossistema da moda, da inclusão e do universo Moto Week. Já demos o que falar!”. Juliana veste, durante o festival, looks criados pelas estilistas @atelieflordorock e @lojadarksabbath, make by @yarapradomakeup.