**Por Miguel Feres
Por vários anos tenho procurado me especializar cada vez mais no atendimento às pessoas com deficiência que necessitam, com certeza, de uma atenção redobrada em relação aos cuidados com a saúde bucal.
Digo isso com muita tranquilidade, pois são pelo menos vinte anos ao lado de entidades que têm trabalho específico para atender as famílias e estas pessoas.
Posso enumerar vários motivos pelo qual acredito que a saúde bucal das pessoas com deficiência merece muito mais cuidado, do que daquelas pessoas que não tem nenhuma deficiência, começando pela dificuldade muitas vezes da higienização de forma correta, da alteração salivar e muscular de cada um e, principalmente, da dieta cariogênica. Estudos apontam que a saúde bucal de pessoas com deficiência indicam elevados índices de cárie, edentulismo, traumatismo e de doença periodontal decorrente de uma higiene bucal precária, além das características de cada síndrome.
É muito óbvio chegar a essa conclusão da minha preocupação, pois, de fato, ao adquirir uma deficiência – aumentam os problemas de saúde desta pessoa, e, consequentemente, o número de medicamento é muito mais frequente no dia a dia, e esse já é um dos fatores de problemas para acompanhamento de especialistas em saúde bucal. Os efeitos colaterais de alguns medicamentos já é um motivo a mais para os problemas odontológicos, apesar de muitos preferirem negar essa condição.
Posso enumerar também experiências bastante frequentes de familiares de crianças com deficiência – principalmente com sequelas mentais, que passaram por semanas indo a médicos, pois o filho tinha febre, dor, insônia e estresse. Pesquisaram vários fatores, mas se esqueceram de que aquela criança poderia estar com dor de dente e não tinha como expressar o local de onde vinha o trauma.
Uma simples cárie pode ocasionar sérios problemas para todos nós, mas para algumas pessoas com deficiência tem proporções maiores.
E é por isso que nós, da FERES ODONTOLOGIA SAÚDE BUCAL, buscamos através de Seminários, Palestras, Cursos e Estudos Específicos entender primeiro o dia a dia da PcD para depois iniciar uma avaliação para a prevenção dos problemas bucais.
Todos sabemos que o melhor ‘remédio’ para a saúde bucal é a prevenção, entretanto – e principalmente após o início da pandemia, tudo isso ficou para um segundo momento.
E comprovadamente, a falta de tratamento dentário adequado também pode ocasionar outros problemas de saúde.
Neste momento escrevo especificamente para as pessoas com deficiência, mas nossa Clínica tem uma preocupação e atenção muito grande com idosos, pacientes em tratamento oncológico e tantos outros. Para nós, todo paciente tem uma história e um tratamento diferente do que o outro. Não quero ser apenas o cirurgião dentista para essas pessoas. Ofereço a minha amizade e companheirismo.
Muito me preocupa uma pesquisa do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Ministério da Saúde, divulgado em 2020, onde afirma que ‘menos da metade da população brasileira (49,4%) se consultou com um dentista nos 12 meses que antecederam a pesquisa, com destaque de baixo percentual entre pessoas de 60 anos ou mais, com proporção de 34,3% respectivamente’.
Na Feres Odontologia desde sempre evitamos que barreiras arquitetônicas, medo, traumas e limitações financeiras distanciem as pessoas com deficiência do tratamento bucal. Em todas as especialidades sempre buscamos – primeiramente – oferecer qualidade de vida para todos os nossos pacientes.
Vamos falar mais sobre Saúde Bucal?
Estou sempre por aqui, ao lado de todos vocês que acompanham o Diário PcD.
· ** Miguel Feres é cirurgião dentista, protético e responsável profissional pela Feres Odontologia – Saúde Bucal. Já realiza atendimento aos Policiais Militares com Deficiência há mais de 20 anos, além de convênio com diversas entidades e Associações.
Para falar com na FERES ODONTOLOGIA, os fones são (11) 2203-7824 ou (11) 94328-3800 – WhatsApp