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  • sáb. out 5th, 2024

Emissora é acusada de ‘capacitismo’ em Criança Esperança

Emissora é acusada de 'capacitismo' em Criança Esperança

Nas últimas horas as redes sociais receberam comentários e publicações de pessoas com deficiência que atuam no cenário artístico, após a apresentação do quadro Criança Esperança, exibido pela Rede Globo na noite da segunda-feira, 7.

O programa envolve os profissionais da emissora em apresentações com shows e apresenta quadros que relata as entidades que recebem as doações.

A atriz Tabata Contri disse em entrevista que “a gente merece muito mais do que essa visão assistencialista. Não estou dizendo que caridade é ruim. É um programa para arrecadar recursos. Mas a gente precisa de oportunidade, de acessibilidade, de ter o nosso direito de ir e vir sendo respeitado. Existe um lema dentro da comunidade de pessoas com deficiência que é muito importante: ‘Nada sobre nós sem nós’. Ou seja, não dá para decidir ou definir nada sobre uma pessoa com deficiência sem ela junto”.

Já o cineasta Pedro Henrique França escreveu que “queridos envolvidos com essa megaprodução [Criança Esperança], para fazer inclusão PcD com essa surra de capacitismo era melhor manter invisível mesmo. Essa narrativa quer nos manter nesse lugar de ‘coitados que vieram para dar exemplo de superação ao mundo’. Não é isso o que queremos colocar para a sociedade enquanto comunidade”.

O cineasta também questiona a falta de pessoas com deficiência atuando como roteiristas ou diretoras neste tipo de atração e citou o quadro do SBT – Teleton, que tem um mesmo objetivo.

Ao Diário PcD, Tábata Contri disse que “a gente está cansado de musiquinhas tristes de fundo em matéria conosco, eu entendo que cada um tem uma leitura de si mesmo e da vida! Mas a gente merece mais do que só essa visão assistencialista né? Essa narrativa está muito ultrapassada!”.

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