Novembro é celebrado o mês do diabetes. O cenário de gastos relacionados com diabetes no Brasil chegou a 42,9 bilhões de dólares em 2021*. Segundo outro estudo, considerando gastos do SUS com hospitalizações, procedimentos ambulatoriais e medicamentos, os custos diretos atribuíveis à hipertensão arterial, ao diabetes e à obesidade no Brasil totalizaram R$ 3,45 bilhões, ou seja, US$ 890 milhões **.
Pensando em reduzir boa parte destes gastos investidos pelo SUS, a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, em parceria com a Associação Botucatuense de Assistência ao Diabético, com a ADJ Birigui e com a Associação dos Diabéticos de Cambuí-MG promovem o Projeto Educar para Salvar. A iniciativa visa capacitar os profissionais de saúde e atendentes de quatro Departamentos Regionais de Saúde de São Paulo. A primeira edição ocorreu em Araçatuba, no dia 21 de junho e a segunda em São José do Rio Preto, nos dias 30 e 31 de outubro.
A terceira edição será dividida em três cidades paulistas para conseguir reunir os profissionais de saúde. O primeiro dia será em 22 de novembro, das 8h às 12h, no Colégio Bela Alvorada, localizado na Rua Gugoni, 65, em Jardim Icatu, em Votorantim. O segundo dia será em 27 de novembro, das 13h às 17h, na Câmara Municipal de Itararé, localizada na Rua São Pedro, 885, no Centro. E por fim, no dia 29 de novembro, das 8h às 12h, na Factec, localizada na Rua Amantino de Oliveira Ramos, 60, em Terras do Imbirucu, em Capão Bonito.
Um estudo não muito recente, mas que na prática os dados não fogem muito da realidade brasileira é: Prevalência e Correlações do Controle Glicêmico Inadequado: resultados de uma pesquisa nacional em 6.671 adultos com diabetes no Brasil. Os dados mostram que o controle glicêmico inadequado foi de uma média de 76%, sendo que 90% das pessoas com diabetes tipo 1 e 73% em indivíduos com diabetes tipo 2.
Nesta edição, o projeto contará com a participação da médica Katia Ramalho Hori, especialista em medicina de Família e Comunidade; Claudia Terensi, enfermeira e educadora em diabetes; e Hianka Reis, biomédica e educadora em diabetes.
“Nós sabemos que o diabetes é uma condição que requer acesso aos insumos e aos medicamentos, tratamento multidisciplinar com profissionais devidamente capacitados e educação em diabetes para as pessoas, que convivem com a condição. Por isso, sabemos que se conseguirmos capacitar os profissionais, que estão na linha de frente com os pacientes, melhoraremos a adesão ao tratamento e, assim, diminuiremos os gastos do SUS com complicações e internações”, explica Claudia Terensi, enfermeira, gerente da ADJ Birigui e membro da Coalizão Vozes do Advocacy.
Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.
Referências:
*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/
** Custos atribuíveis à obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018: https://scielosp.org/article/rpsp/2020.v44/e32/#:~:text=Os%20custos%20diretos%20atribu%C3%ADveis%20a,e%20medicamentos%20(tabela%202).
Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade
Com a participação de 22 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.