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Especialista aponta necessidade de estimular autonomia e independência em pessoas com T21

ByJornalismo Diário PcD

fev 23, 2024
Especialista aponta necessidade de estimular autonomia e independência em pessoas com T21

Durante muito tempo, quem nascia com a Trissomia do Cromossomo 21 (T21),  conhecida como Síndrome de Down, foi visto de forma infantilizada por falta de conhecimento. Atualmente, é possível compreender que, assim como qualquer pessoa, quem nasce com a síndrome também tem muitos potenciais e possibilidades de independência e autonomia.

Segundo Patrícia Stankowich, psicanalista, psicóloga e especialista na clínica de crianças com comprometimentos no desenvolvimento e deficiência, a independência pode ser ensinada e depende de oportunidades e estímulos recebidos ao longo da vida. “Cada indivíduo é único, mas quando há estímulo, aumentam as possibilidades da pessoa com T21 conseguir ser mais independente em suas atividades do dia a dia”, explica.  

Já quando se trata de autonomia, diz respeito a saber fazer escolhas, tomar decisões e planejar, desde a decidir o que vai vestir até com o quê quer trabalhar. É preciso considerar, conforme a especialista, que nem sempre se tem independência e autonomia ao mesmo tempo, ou vice-versa. “Normalmente, pessoas com T21 são muito protegidas pela família, e essa super proteção acaba prejudicando a autonomia delas”, afirma. 

Para Patrícia, é preciso estimular as pessoas com T21 a trabalharem, fazerem coisas simples do dia-dia e até mesmo morarem sozinhos. “Quanto mais independentes, mais podem conquistar autonomia para tomar as próprias decisões. Tudo isso é completamente possível, mas como cada ser humano é único, em alguns casos será preciso um pouco mais de apoio”, diz.   

Ela reforça que o preconceito e a superproteção costumam atrapalhar o crescimento de quem tem Síndrome de Down. “É possível ajudar, mas não fazer tudo. O estímulo para adquirirem independência e autonomia deve começar em casa, na família, e depois ser ampliado pela escola e toda a sociedade”, conclui. 

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