Em 15 de março é celebrado no Brasil o Dia Nacional da Escola, data que tem o objetivo de valorizar a importância dessa instituição para a sociedade e fazer com que todos tenham acesso a uma educação de qualidade e aprendam a respeitar as diferenças.
A educação ainda é um desafio para muitas crianças, principalmente as com deficiência. Ao longo dos anos, a educação inclusiva vem sendo amplamente discutida. O conceito se baseia na convivência de pessoas com e sem deficiência no ambiente escolar e é comprovadoque o convívio contribui para o desenvolvimento de todos.
No caso das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), seus direitos são assegurados pela Lei 12.764 de 2012, que diz que pessoas com autismo, com comprovada necessidade, têm direito a um acompanhante especializado, mas, ao mesmo tempo, para muitos não fica claro qual é o papel desse acompanhante e sua formação adequada.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há cerca de 18 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil. Com o aumento de casos de pessoas com autismo e pessoas com Deficiência Intelectual, inúmeras famílias buscam informações e suporte para lidar com questões pedagógicas, sociais e emocionais.
Atento a esse cenário, o Instituto Jô Clemente (IJC), referência nacional na inclusão de pessoas com Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras, oferece o serviço de Atendimento Educacional Especializado (AEE) para crianças e adolescentes de 4 a 17 anos no contra turno escolar.
O AEE dispõe de métodos educacionais e estratégias que são definidos de acordo com as características de cada criança/adolescente, favorecendo o rompimento das barreiras nos ambientes sociais, educacionais e familiares.
A partir do acesso à informação, o cenário da educação inclusiva se transformou no Brasil. A taxa de matrícula de pessoas com deficiência em escolas regulares aumentou de 380 mil para quase um milhão entre 2010 e 2022, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022, o que demonstra o avanço da inclusão escolar.
Por outro lado, existe muito a ser melhorado, como a qualidade da educação. Os dados divulgados pelo Censo Escolar 2022, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mostram que a taxa de analfabetismo de pessoas comuns é de 4%, enquanto que em pessoas com deficiência esse valor sobe para quase 20%. Por isso, é de extrema importância que os profissionais sejam capacitados e que saibam lidar com todos os tipos de alunos para que eles se desenvolvam.
Para Victor Martinez, diretor educacional e supervisor em Reabilitação e Longevidade do IJC, o cenário da educação inclusiva é positivo e cresce a cada dia. Além disso, ressalta que ainda há muito a ser feito. “É fundamental que as políticas públicas e o governo olhem para a educação de pessoas com deficiência de maneira integrada com a saúde, apoios sociais e emocionais, assim, o aluno consegue desenvolver suas potencialidades com máxima autonomia”, finaliza.
Sobre o Instituto Jô Clemente (IJC)
O Instituto Jô Clemente (IJC) é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que há quase de 63 anos promove saúde e qualidade de vida às pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras, além de apoiar a sua inclusão social e a defesa de direitos, disseminando conhecimento por meio de pesquisas científicas. Com o pioneirismo e a inovação como premissas, propicia o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias sobre os direitos das pessoas com deficiência intelectual.
