AMA-DF tentava manter as atividades, mas despejo ‘acabou com o sonho’ da entidade. O fechamento ocorre em pleno abril, considerado o mês de conscientização sobre o autismo.
A história de uma entidade que é referência nacional no tratamento de pessoas com diagnóstico de TEA – Transtorno do Espectro Autista de nível de suporte 3, ficou resumida ao porta malas de um carro.
Gisele Montenegro, presidente da entidade postou nas redes sociais um vídeo, onde fala que “o sonho acabou. A AMA-DF veio parar dentro do meu carro. O que sobrou dela”,
O projeto oferecia atendimento gratuito no Riacho Fundo 1, no Distrito Federal. O serviço ocorria em tempo integral, e o público era atendido das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. A entidade oferecia musicoterapia, terapia ocupacional, psicopedagogia, horta e atividades físicas. Nesse período, as famílias dos autistas tinham tempo para trabalhar e resolver obrigações pessoais.
A ação de despejo foi determinada pelo Governo do Distrito Federal. Em fevereiro de 2022, Marcos Mion chegou a fazer um apelo ao governador Ibaneis Rocha (MDB) para que o despejo não ocorresse. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), no entanto, não voltou atrás. Houve uma ação reintegração de posse apresentada pela SES-DF, na gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) emitiu uma ordem de despejo contra a associação. A Secretaria de Saúde chegou a adiar o despejo e prometia alternativas para a continuidade dos serviços da AMA-DF. No entanto, tudo só ficou no papel.
Fonte: https://www.metropoles.com/
