As especialistas em diversidade e inclusão, Kaká Rodrigues e Renata Torres, falam sobre a imersão da IA nas empresas e sua nova solução de mercado, a Div܂AI – inclusão via dados
Traduções instantâneas, criações de imagens a partir de comandos de texto, vídeos inteiros que recriam qualquer imagem com perfeição, identificação de problemas e resposta rápida aos mesmos são algumas das mais populares aplicações de inteligências artificiais (IA), que se tornaram populares no Brasil e no mundo. No entanto, há uma série de outras funcionalidades que são usufruídas diariamente pela população sem que ela tenha ciência clara sobre isso, por meio de empresas e organizações.
A IA está revolucionando inúmeros segmentos de mercado ao redor do mundo. No Brasil, 74% das micro, pequenas e médias empresas (MPME), por exemplo, já implementaram inteligência artificial no dia a dia de seus negócios, reconhecendo o valor da ferramenta para se destacar. A IA está ajudando a reduzir custos e automatizar processos-chave, o que faz com que 90% das organizações estejam buscando a adoção dessa tecnologia, segundo estudo da Microsoft.
Essa revolução tecnológica tem chegado na agricultura, na otimização da produção de alimentos por meio da gestão inteligente de recursos e monitoramento de culturas; no setor de serviços, está transformando a experiência do cliente com chatbots e sistemas de recomendação que personalizam a interação com o usuário; na saúde, está sendo usada para diagnósticos mais precisos e tratamentos individualizados.
“As IAs estão auxiliando muito as organizações na implementação acelerada de iniciativas ESG também, que merecem, de fato, atenção de maneira urgente”, comenta Renata Torres, especialista em diversidade e inclusão e cofundadora da consultoria Div.A – Diversidade Agora!.
Neste contexto, a especialista destaca o “S” da sigla, voltado ao social. “A análise de dados e insights fornecidos pela IA tem ajudado organizações a entenderem melhor as necessidades de suas comunidades e a desenvolverem soluções mais eficazes”, afirma Renata. No entanto, ela ressalta a importância de se cuidar das equipes no ambiente de trabalho. “A atenção voltada às pessoas colaboradoras e seu desenvolvimento dentro da organização, de maneira sustentável e colaborativa, é fundamental para um espaço mais saudável. Isso, necessariamente, passa por tornar o quadro de pessoas mais diverso e inclusivo”, ressalta Renata.
A IA poderá contribuir para a inclusão social por meio de tecnologias que melhoram a qualidade de vida das pessoas. A Div.A lançou recentemente uma ferramenta de gestão da diversidade que utiliza inteligência artificial com este propósito, a Div܂AI – Inclusão via Dados, conforme explica sua também co-fundadora e especialista em diversidade e inclusão, Kaká Rodrigues.
“A Div܂AI consegue compilar as informações de demografia de diversidade e experiência das pessoas colaboradoras, inclusive oferecendo meios para coletar esses dados dentro da organização, trazendo referências de informações de mercado nessa área, e gerando insights sobre os principais pontos de atenção que culmina na criação de um plano de ações para tornar as equipes mais diversas e a cultura organizacional mais inclusiva”, explica a especialista.
Segundo Kaká, a plataforma chega para colaborar com o aumento da conscientização sobre diversidade e inclusão nas empresas. “Queremos contribuir com as organizações na tomada de decisões estratégicas sobre a gestão da diversidade baseada em dados, para que consigam criar uma cultura inclusiva, com o objetivo de melhorar o ambiente de trabalho e consequentemente, gerar impacto positivo no engajamento das pessoas e nos resultados do negócio”, esclarece.
A plataforma Div܂AI teve sua primeira demonstração pública durante o Web Summit Rio, e mantém um site de cadastro voltado às organizações interessadas em conhecer a ferramenta.