Campanha precisa arrecadar R$ 400 mil para concluir ecossistema que vai beneficiar mais de mil famílias de pessoas com e sem deficiência intelectual
Na contagem regressiva para inaugurar o primeiro ecossistema de inclusão e inovação social da
capital mineira, Instituto Mano Down – organização social de Belo Horizonte, intensifica
campanha em busca de R$ 400 mil em doações e apoio de empresas para concluir as obras. O
projeto estimado em mais de R$ 3 milhões foi iniciado em maio de 2021 e conta agora com as
últimas cotas de contribuição para ser concluído até março de 2022.
O ecossistema foi idealizado e está sendo construído pelo Instituto Mano Down – instituição que
atende cerca de 500 famílias de pessoas com e sem deficiência na capital mineira. Ele foi
pensado para ser um marco para inclusão e um espaço para todos – pessoas com e sem
deficiência. Para isso, ele conta com a expansão da infraestrutura e das frentes de atuação da
instituição, aumento de mais de 700% da sua capacidade de atendimento, um núcleo
pedagógico e um Café Inclusivo com atendimento feito por pessoas com deficiência.
O projeto conta na primeira fase com a mudança da sede do Instituto para o bairro Floresta, em
um espaço que será reformado e adaptado para permitir o aumento da capacidade para que
milhares de famílias recebam atendimentos assistenciais e de saúde (intervenção precoce),
com fisioterapia, terapia ocupacional, fonoterapia, hidroterapia e outras atividades, somando
12 frentes de desenvolvimento para bebês e crianças.
Para os jovens e adultos a expectativa, o ecossistema vai oferecer novas atividades e frentes de
atuação, contando com um espaço poliesportivo para realização de atividades culturais,
esportivas, de mobilização para autonomia e inclusão no mercado de trabalho.
A outra novidade será a implementação do espaço multissensorial 6D, considerado uma das
maiores inovações em terapias. Atualmente em todo o Brasil existem pouco menos de 10 salas
com esse conceito e tecnologia, que estejam estruturadas e em funcionamento, e em Belo
Horizonte será a primeira.
O projeto ainda prevê a criação de outros espaços, no mesmo quarteirão, para as atividades de
pedagogia e oficina multidisciplinar dentro do projeto de inclusão escolar, o Café do Mano –
espaço de socialização e cultura, e o espaço Hub Incluo de empreendedorismo social para
pessoas com deficiência e seus familiares.
Além disso, o Mano Down quer criar a primeira calçada com o conceito mais acessível do mundo,
incluindo todos os itens de acessibilidade ideais para as pessoas com deficiência. E, também,
quer propor várias ações para revitalização do bairro e criação de espaços de convivência da
comunidade com as famílias e pessoas atendidas pelo Mano Down.
De acordo com Leonardo Gontijo, presidente e fundador do Mano Down, a pandemia mostrou
o quanto o Instituto foi importante para as famílias, levando assistência social, cestas básicas e
oportunidades de socialização e desenvolvimento, mesmo que de forma virtual, por isso a
necessidade de ampliar o projeto para que mais pessoas possam ser beneficiadas. “Tudo o que
vivemos no último ano serviu para mostrar a dimensão do impacto que proporcionamos na
vida das mais de 500 famílias atendidas diretamente e milhares de outras pessoas impactadas
indiretamente. Com as atividades on-line, ampliamos o número de pessoas atendidas e hoje a
nossa infraestrutura está no limite. Para que possamos atender mais famílias e dar a elas mais
oportunidades precisamos expandir o nosso espaço e atuação. E queremos fazer isso
oferecendo o que há de melhor para elas em termos de estrutura, tecnologia e possibilidades
de desenvolvimento”, enfatiza.
Impacto para o desenvolvimento humano da região
A proposta de criação do ecossistema de inclusão também tem a premissa de contribuir com a
revitalização e o desenvolvimento humano do tradicional bairro Floresta, local onde será
instalada a nova sede do Mano Down.
Em virtude da pandemia, o bairro hoje sofre com casas e estabelecimentos comerciais fechados
e em estado de abandono. Como explica Leonardo, o projeto do Instituto quer ajudar na
revitalização visual e ocupação dos espaços, levando cultura, esporte e atividades diversas para
a comunidade. “Existe um conceito, chamado Teoria das Janelas Quebradas, que fala que a
desordem gera desordem, uma janela quebrada pode ser o início de destruição e de estímulo
à delitos. A nossa proposta é contribuir com o desenvolvimento humano do bairro, levar vida,
ajudar no aspecto visual, ocupar o espaço com atividades, promover a integração entre a
comunidade e as famílias atendidas”, explica.
Uma das iniciativas para promover esse espaço de integração e proximidade com a comunidade
será a instalação do Café do Mano Down, o primeiro café da capital mineira, aberto ao público,
e com participação efetiva de pessoas com deficiência intelectual como profissionais.
Leonardo ressalta que a ideia do Café e do ecossistema vem do propósito do Mano Down que é
promover a inclusão e dar oportunidades para todos. “O nosso objetivo é trocar a palavra
exclusão, por oportunidades. Queremos ter um ecossistema em que todos possam conviver,
socializar, aprender e se desenvolver. Queremos impactar não somente as famílias atendidas,
mas, sim toda a comunidade onde estamos inseridos, humanizando espaços e criando novas
possibilidades. Queremos um espaço de todos e para todos, pois somente assim é que a
inclusão pode acontecer”, esclarece.
Campanha Avante Mano Down para arrecadação de recursos
O custo do novo projeto foi estimado em mais de R$ 3 milhões e o Instituto Mano Down, como
instituição social sem fins lucrativos, está captando os recursos por meio de doações e várias
frentes de investimentos, apoios e parcerias.
Para isso, desde maio está sendo realizada a campanha Avante Mano Down, que tem como
foco captar recursos com o apoio de pessoas físicas e empresas, que terão contrapartidas pela
contribuição. Na reta final falta pouco mais de R$ 400 mil para concluir o projeto.
A campanha acontece em formato de “vaquinha virtual” em que todos os doadores receberão
uma contrapartida por contribuírem.
Para empresas estão disponíveis desde “naming rights” – direito de uso de nome para espaços
específicos dentro do projeto, até a participação no programa Selo Empresa Amiga do Mano
Down – premiação oferecida para empresas que contribuem para a causa da inclusão.
Para os demais doadores as contrapartidas vão desde acesso à conteúdos exclusivos do Mano
Down, participação na inauguração do projeto e registrar o nome no “Muro da Inclusão”, que
será instalado na nova sede do Mano Down.
Grandes marcas como Unidas, Minasligas, Grupo Zelo, Impacto Investimentos, Seteloc e 98live
já formalizaram o apoio ao projeto.
Saiba como apoiar o projeto social
▶️Mais informações sobre o projeto: https://manodown.com.br/ecossistema-da-inclusao/
▶️Doação direta pessoa física – https://legado21.colabore.org/NovaSedePF/single_step
▶️Doação através de PIX – avante@manodown.com.br
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