No início de maio, as operadoras de telecomunicações apresentaram aos deputados da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara, suas políticas voltadas para a inclusão de pessoas com deficiência (PCD).
Tiago Brocardo Machado, diretor de Relações Institucionais da Telefônica Brasil (Vivo), disse que a empresa possui um programa chamado Vivo Diversidade, que tem como fundamento três pilares: sociedade, clientes e colaboradores.
Atualmente, a operadora possui 497 PCDs contratados em 2024, o que representa 9,7% de todas as contratações da empresa em 2024. Em 2019, este número era de 1%. Isso é quase o dobro do que a legislação exige para uma empresa do porte da Vivo, que é de 5%.
A empresa também apresentou as medidas para seus clientes PCD, como as soluções focadas em clientes parra deficiência visual e deficiência auditiva.
Willian Coelho, Especialista em Diversidade Equidade e Inclusão da Claro, destacou que a empresa tem diversos funcionários PCDs que atuam mais de 10 anos na empresa. A Claro, disse Coelho, possui diversas campanhas focadas em temas de diversidade, como o Lugar de Fala, que tem como foco debater temas relacionados sobre políticas de inclusão.
Ele chamou a atenção para o programa Mais Inclusão, que foca em diversas iniciativas de inclusão digital e acessibilidade que a operadora promove. Essas iniciativas visam garantir que as pessoas com deficiência, e outros grupos marginalizados, possam ter acesso à tecnologia e aos serviços da Claro de forma equitativa e inclusiva.
Coelho também disse que no Brasil, existem 9 milhões de pessoas com deficiência aptas e com capacidade técnica de trabalho, e apenas pouco mais de 500 mil empregadas. “É preciso quebrar a narrativa de que não existe PCDs capacitados”, disse.
Já o representante da operadora TIM, Cleber Affrânio, destacou que a empresa tem 9.104 colaboradores, sendo que desses, 475 são pessoas com deficiência. Isso dá 4,8% de pessoas PCD. “Faltam apenas 21 colaboradores para chegarmos aos 5% que lei exige. Temos um TAC assinado sobre esse tema. E pretendemos chegar a este número até outubro de 2025. Estamos focados em alcançar este numero logo”, disse Affrânio.
No caso da Oi, Helton Rocha Posseti, representante institucional da empresa, disse que em 2023, a operadora implementou o programa Desevolve PCD, voltado para estudantes universitários com PCD.
“Como resultado do trabalho, conseguimos atingir a cota legal de 5%. Temos uma certidão do MTE que mostra que a Oi atingiu acima da cota de 5%. Também temos um programa que estimula o fortalecimento de mulheres em cargos estratégicos. E também de mentoria de mulheres, que prevê capacitação”, explicou.
Daniela Martins, diretora de Relações Institucionais, Governamentais e Comunicação da Conexis Brasil Digital, apontou que o setor de telecomunicações como um todo está dentro do que exige a legislação sobre cotas de contratações de PCDs.
Em 2022, eram 3.322 PCDs contratados no setor. Esse número subiu 46,2% em 2024, atingindo o número de 4.857 funcionários.
CRÉDITO/IMAGEM: Foto: Marcos Urupá/Teletime
Fonte: https://teletime.com.br/