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  • sex. nov 22nd, 2024
Opinião - Desafios da Educação Inclusiva

#PRATODOSVEREM: Card com fundo branco, com imagem de um teclado de computador. Destaque para três teclas, com a cor azul: com a imagens ilustrativas de uma pessoa com deficiência física, auditiva e visual

** Por Guilherme Kalel e Lívia Tomazelli

Desafios da Educação Inclusiva – Acessibilidade para invisuais ainda é questão a ser superada em todo Brasil dentro de salas de aulas. Recursos estão disponíveis mas faltam políticas públicas de acesso e vontade de coloca-las em prática

Nos dias atuais, todas as escolas brasileiras são obrigadas a aceitar deficientes em seu interior, para se fazer valer a inclusão social.

Há muitos anos atrás, isto não era assim, e os deficientes tinham dificuldades muito maiores.

É inegável que o avanço atual das coisas, propiciou melhoria considerável no aprendizado das pessoas com deficiência.

Mas ainda não foi o suficiente.

Muitos deficientes – cada qual com suas particularidades, ainda enfrentam algumas dificuldades de adaptação e aprendizado, que os governos, quaisquer que sejam, deveriam suprir melhor.

Não o fazem da maneira mais adequada, e por esta razão estas dificuldades são videntes.

Deficientes visuais, são o público de deficientes que mais encaram desafios nesse sentido.

Quando os professores fazem a sua faculdade e se formam, o básico da Libras (Lingua Brasileira de Sinais), eles sabem.

Mas quantos desses professores sabem por exemplo, ler o Braille? Escrita usada por deficientes visuais.

Quantas dessas salas de universidade receberam palestras dadas por deficientes visuais que relatem, como é estudar ou como foi antes? Quais desafios mais enfrentaram e como supera-los?

Como uma professora de matemática, explicaria um gráfico a um invisual, para que essa pessoal avance na matéria ensinada.

São questionamentos que cada dia mais, alguns se fazem.

A resposta para isto, ainda não se tem.

Cada aluno é individual e é preciso encontrar uma forma de trabalhar com ele, conforme descreve a professora Marina Barcelos.

Ela é formada em pedagogia, contratada para atuar no estado de São Paulo, mas só sentiu a necessidade de buscar um conhecimento extra na educação especial como chamam hoje em dia, depois de receber um aluno invisual para orientar.

Marina conta que no começo, o jovem de 15 anos, a ensinava coisas, antes que ela pudesse ensina-lo as matérias.

E esta troca de experiências é que foi preponderante para criar um aprendizado de sucessos.

Mas quantas Marinas, e sem qualquer suporte, existem por aí?

Apesar dos governos pegarem firme que estão praticando a inclusão, inclusão por inclusão, não deve ser considerada de fato um ato de incluir.

Quando se fala em inclusão, devemos nos lembrar que isto tem por objetivo, por todas as pessoas envolvidas no processo, em ação conjunta.

De fato só assim, todos serão inclusos.

Há cerca de 20 anos atrás, os alunos deficientes visuais tinham no Braille a sua única opção de estudos.

E, 95% dos professores das redes de ensino, sem ter ideia como ler a comunicação.

Hoje, isto mudou um pouco de figura, com o auxílio da tecnologia.

Os professores em imensa maioria continuam sem saber ler Braille.

Mas já existem computadores e tablets, com recursos de sintetizadores de voz, que leem a tela, e melhoram o aprendizado dia após dia.

O grande desafio hoje, é fazer este tipo de equipamento chegar, a maior número de pessoas possíveis.

Já que para alguns, não há necessidade de uma ferramenta tão importante como esta.

Isso seria mais um luxo.

Para aqueles que claro, não entendem a situação e a necessidade.

  • * OPINIÃO reflete apenas e somente o ponto de vista do autor. A reprodução é autorizada, desde que citada a fonte.

** Guilherme Kalel e Lívia Tomazelli são jornalistas e integrantes da equipe do https://g7on.com/ e do Jornal Inclusive INFORME POST.

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