Surdos ganham as telas do cinema em pré estreia histórica com curtas produzidos por eles mesmos

Surdos ganham as telas do cinema em pré estreia histórica com curtas produzidos por eles mesmos

As produções chegarão aos cinemas em 17 agosto.

No dia 17 de agosto, o cinema brasileiro vai viver um momento histórico e emocionante: diversos curtas-metragens totalmente protagonizados por alunos surdos chegam às telonas do Cinemark do Shopping Cidade São Paulo, às 10h da manhã, na 2ª Mostra Surdos Fazem Cinema — mostrando que a linguagem do cinema é, acima de tudo, universal e inclusiva.

Os filmes “Banheiro Masculino”“O Roubo do Bolo”“O Tempo” e “Nem Sempre Dá Pra Ouvir, Mas Sempre Dá Pra Entender” são frutos do projeto “Surdos Fazem Cinema”, que oferece oficinas audiovisuais com foco na autonomia e expressão artística da comunidade surda. Além deles, serão exibidos curtas das edições anteriores (2022 e 2024), e o internacionalmente premiado “Amei Te Ver”, que já soma 20 prêmios em 8 países e inspirou o nascimento da iniciativa

Com apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São PauloSpcineInstituto Santa TeresinhaButikin Filmes e recursos da Lei Paulo Gustavo, os curtas foram desenvolvidos sob orientação do cineasta Ricardo Cioni Garcia, em parceria com a intérprete de Libras Michelle Ribeiro, garantindo acessibilidade total em todas as etapas do processo — da pré-produção à pós.

“É emocionante ver como os alunos surdos se apropriaram da linguagem do cinema em “Banheiro Masculino”, “O Roubo do Bolo” e agora também em “O Tempo e Nem Sempre Dá Pra Ouvir”. Cada curta é um grito criativo e potente dessa galera incrível. Mal posso esperar para vê-los ganhando vida na tela do Cinemark — é a celebração de uma conquista coletiva”, afirma Garcia.

CURTAS EM EXIBIÇÃO:

 Banheiro Masculino

Dirigido por Rusdy Rabeh, o curta aposta no humor físico inspirado no cinema mudo para narrar a saga de um homem tentando usar o banheiro — até se deparar com um tiktoker performando sem parar.
Protagonizado por Robson Costa, com direção de fotografia de Renan Santos Souza e José V., o filme é fruto da criatividade dos alunos que colocaram a mão na massa em todas as etapas da produção.

O Roubo do Bolo

Dirigido por Maria Clara, o filme é estrelado por Thamily Rissi e Camila Cordeiro, e traz uma dupla hilária que elabora um plano inusitado para roubar um bolo — com direito a rato de mentira, armadilhas gourmet e muito caos. A direção de fotografia é assinada por Renato Oliveira.

 O Tempo: Quando tudo para, o caos começa

Três estudantes ficam presos em uma escola onde o tempo parou misteriosamente às 12:12. Enquanto tentam entender o que está acontecendo, percebem que estão presos em um ciclo estranho e perturbador, onde realidade e memória começam a se confundir. Um suspense instigante que explora o tempo — e o que ele revela.

Nem Sempre Dá Pra Ouvir, Mas Sempre Dá Pra Entender

O curta mergulha nos desafios de comunicação na comunidade surda e deficiente auditiva, explorando três situações do cotidiano que ilustram com sensibilidade as barreiras e soluções para uma comunicação mais inclusiva.

 Também serão exibidos:

  • Curtas das 1ª e 2ª Edições (2022 – 2024)
  • O curta “Amei Te Ver” (dir. Ricardo Cioni Garcia), vencedor de 20 prêmios em 8 países, que inspirou o início do projeto.

 A exibição gratuita já conta com quase 200 inscrições! Os espectadores serão recebidos com kit pipoca e a entrada será por ordem de chegada. As inscrições são limitadas para garantir o conforto e a acessibilidade de todos.

SERVIÇO:
PRÉ-ESTREIA – 2ª MOSTRA SURDOS FAZEM CINEMA

📅 Data: 17 de agosto de 2025 (domingo)
🕙 Horário: 10h da manhã
📍 Local: Cinemark – Shopping Cidade São Paulo (Av. Paulista, 1230 – Bela Vista, São Paulo/SP)
🎟️ Entrada gratuita: – com inscrição antecipada!
🔗 Link para inscrição: Clique aqui
📅 Inscrições: até 07/08 ou enquanto houver vagas!

Instagram oficial: @surdosfazemcinema

SOBRE O PROJETO “SURDOS FAZEM CINEMA”:

Criado em 2022 pelo cineasta Ricardo Cioni Garcia, o projeto é uma iniciativa pioneira no Brasil ao promover formação cinematográfica gratuita e acessível para pessoas surdas. Com aulas presenciais e oficinas em escolas públicas, o projeto oferece módulos completos de roteiro, direção, atuação, produção, edição, direção de arte e fotografia. Já capacitou dezenas de alunos da periferia paulistana e realizou sua primeira mostra com sessões lotadas e reconhecimento de autoridades e especialistas em inclusão.
Em 2024, o projeto se expandiu para todo o estado de São Paulo, com sede no Instituto Santa Teresinha, consolidando-se como referência em acessibilidade e representatividade da comunidade surda no audiovisual brasileiro.

CRÉDITO/IMAGEM: Rick Nóbrega – DeuClick Comunicação

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