OPINIÃO
- * Por Abrão Dib
No Dia dos Pais, celebramos não apenas a figura paterna, mas também a força, a dedicação e a inspiração que cada pai representa.
Hoje, a homenagem é especial para os pais com deficiência — homens que, todos os dias, mostram que paternidade não se mede por limitações físicas, sensoriais ou intelectuais, mas pela intensidade do amor e pelo compromisso com a família.
Ser pai já é, por si só, um ato de coragem. Mas ser um pai com deficiência é, muitas vezes, enfrentar obstáculos adicionais: a falta de acessibilidade, o preconceito, a subestimação da capacidade de cuidar, brincar, educar e proteger. Ainda assim, esses homens transformam desafios em oportunidades para ensinar valores profundos aos filhos — como empatia, respeito, resiliência e igualdade.
Esses pais são exemplos vivos de que a deficiência não define a pessoa. Pelo contrário, revela novas formas de viver a paternidade. Eles adaptam brincadeiras, reinventam rotinas, encontram soluções criativas e, acima de tudo, provam que a presença, o carinho e a escuta são muito mais importantes do que qualquer padrão imposto pela sociedade.
Neste Dia dos Pais, a nossa homenagem vai para todos os pais com deficiência que inspiram, educam e constroem, com seus filhos, histórias de superação e amor. Que suas vozes sejam ouvidas, seus direitos respeitados e seus exemplos multiplicados.
Porque paternidade é, antes de tudo, estar presente — de corpo, alma e coração.
- * Abrão Dib é jornalista, editor do Diário PcD e presidente da ANAPcD – Associação Nacional de Apoio às Pessoas com Deficiência