Condição causa movimentos involuntários nos membros inferiores e pode comprometer o sono. A enfermidade atinge cerca de 5% a 8% da população e costuma ser mais comum em mulheres.
A Síndrome das Pernas Inquietas, também chamada de doença de Willis-Ekbom, é uma condição neurológica que provoca um forte impulso de mover as pernas, especialmente em momentos de repouso, como na hora de dormir. A enfermidade atinge cerca de 5% a 8% da população e costuma ser mais comum em mulheres, principalmente as que tiveram várias gestações e pessoas com mais de 40 anos.
A origem da doença pode estar associada a várias condições médicas, como artrite reumatoide, insuficiência renal, diabetes e doenças neurológicas. Os sintomas podem causar distúrbios significativos do sono, alterações do humor e cognição, fadiga diurna, redução da energia e impacto nas atividades diárias.
“Esse desconforto melhora ao se movimentar, mas piora no repouso, sobretudo à noite, o que pode prejudicar bastante o sono e, em casos mais graves, comprometer a vida do paciente”, afirma o reumatologista Dr. Marcelo Cruz Rezende, membro da Comissão de Dor da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), que irá debater sobre o diagnóstico e tratamentos da síndrome disponíveis no Brasil e avanços mundiais, durante o 42º Congresso Brasileiro de Reumatologia.
Segundo ele, o tratamento deve ser iniciado quando os sintomas interferem na qualidade de vida, nas atividades diurnas, no convívio social ou no sono do paciente. O uso de medicamentos é indicado para casos moderados a graves, e podem ser usados tanto para períodos curtos quanto para uso contínuo. “Nos casos mais leves, há alternativas não farmacológicas, sempre individualizadas, como massagens, alongamentos, exercícios aeróbicos e cuidados com higiene do sono”, completa.
No dia 17 de setembro, durante o 42º Congresso Brasileiro de Reumatologia, que será realizado em Salvador, o reumatologista Dr. Marcelo Cruz Rezende, discutirá o tema com congressistas na palestra “Como diagnosticar e tratar a síndrome das pernas inquietas”.
Organizado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), o Congresso é o maior evento da especialidade na América Latina. A programação inclui cursos, mesas-redondas, conferências, simpósios, sessões de temas livres, encontros com pacientes, atividades culturais e premiações para os trabalhos científicos mais relevantes da reumatologia brasileira.
Serviço:
42° Congresso Brasileiro de Reumatologia / Data: 17 a 20 de setembro de 2025
Local: Centro de Convenções de Salvador / Av. Octávio Mangabeira, 5.490 – Boca do Rio, Salvador – BA
Confira a programação completa do 42º Congresso Brasileiro de Reumatologia (sbr2025.com.br). / @sociedadereumatologia / @reumatologinsta
Doenças reumáticas no Brasil
Estima-se que as doenças reumáticas já afetam mais de 15 milhões de brasileiros. Em geral, provocam muitas dores nos pacientes e representam uma das maiores causas de afastamento do trabalho e de aposentadorias por invalidez. Entre as principais doenças reumáticas estão Artrite Reumatoide, Osteoartrite/Artrose, Espondiloartrites, Artrite Psoriásica, Lombalgia, Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), Fibromialgia, Osteoporose, Gota, Febre Reumática, Vasculites, Doença de Sjögren, Doença de Behçet e Esclerose Sistêmica (ES). Cada doença tem sua característica. A artrite reumatoide, por exemplo, é uma doença crônica e ocorre quando há uma alteração do sistema imunológico, que ataca as articulações.
Sobre a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)
A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) é uma associação civil científica de direito privado, sem fins lucrativos, fundada em 15 de julho de 1949, na cidade do Rio de Janeiro, pelos médicos Herrera Ramos, Waldemar Bianchi, Pedro Nava, Israel Bonomo, Décio Olinto e outros, tendo mantido desde então sua tradição científica, acompanhando e promovendo o desenvolvimento da especialidade no Brasil e com um importante papel também internacional, especialmente entre os países da América Latina. Filiada à Associação Médica Brasileira, conta em torno de 2 mil associados, congrega 26 sociedades regionais estaduais, assessorias e comissões científicas e representações em associações nacionais e internacionais e junto ao Ministério da Saúde.