Como promover uma alimentação saudável e inclusiva para crianças com TEA

Como promover uma alimentação saudável e inclusiva para crianças com TEA

Especialista da UniCesumar aponta estratégias sensíveis para lidar com a seletividade alimentar e promover uma alimentação inclusiva

De acordo com dados divulgados pelo IBGE (2025), o Brasil possui 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), representando 1,2% da população. Entre os desafios mais recorrentes relatados pelas famílias está a seletividade alimentar, que impacta diretamente a saúde e o bem-estar dessas crianças.

Seletividade alimentar é caracterizada pela recusa de alimentos devido a fatores como sabores, texturas, cores ou formas, um comportamento frequentemente associado ao TEA por conta da hipersensibilidade sensorial e do apreço por padrões e previsibilidade.

Bárbara Ribeiro Tonsic, professora do curso de Nutrição EAD da UniCesumar explica que os padrões alimentares específicos vão além das preferências usuais. “Até 80% das pessoas com o transtorno apresentam hipersensibilidade sensorial, o que pode resultar na rejeição de alimentos novos pelas texturas, cores ou até pela forma de apresentação. Isso gera monotonia alimentar e, em alguns casos, sérias deficiências nutricionais”.

A docente destaca que além do impacto sensorial, há fatores cognitivos e emocionais que reforçam esse comportamento. “O primeiro contato com um alimento pode ser incômodo para a criança, criando um estranhamento ao consumir o desconhecido e até memórias negativas que dificultam a aceitação em novas tentativas. Outro aspecto importante está no ambiente familiar, já que o momento da alimentação é, acima de tudo, um vínculo afetivo entre a criança e a família. Sem envolvimento familiar, a criança pode se sentir insegura para experimentar novos alimentos”.

A especialista recomenda ações práticas e empáticas para ajudar famílias a introduzirem novos alimentos e tornarem as refeições mais agradáveis. Entre as estratégias sugeridas, incluem-se:

  • Brincadeiras durante a introdução de alimentos: Transformar o momento em algo lúdico, como carregar um alimento em um carrinho de brinquedo até a boca de um ursinho ou brincar de segurar o alimento com os dentes sem deixá-lo cair. “Repetição, paciência e respeito ao tempo da criança são cruciais para a aceitação”, reforça Bárbara.
  • Adaptação da textura e corte dos alimentos: Apresentar novos alimentos em formatos semelhantes aos que a criança já aprecia. Por exemplo, se ela gosta de batata frita, preparar batata-doce ou cenoura no mesmo formato pode ser
    uma alternativa interessante.
  • Ambiente calmo e seguro para refeições: Evitar ruídos, cheiros fortes e distrações, como televisão, para que a criança consiga se concentrar no ato de se alimentar.

A professora da UniCesumar enfatiza que o exemplo da família é essencial. “Se a criança observa que os pais também comem alimentos variados, ela percebe aquilo como parte da rotina segura da casa. Contudo, é importante nunca forçar ou insistir para que ela experimente algo.” Outras ações incluem convidar a criança para participar do preparo dos alimentos e criar experiências positivas em torno da refeição, como simular brincadeiras de restaurante ou envolvê-la em escolhas de ingredientes no mercado.

Sobre a UniCesumar
Com 35 anos no mercado educacional e desde 2022 como uma das marcas integradas ao
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polos espalhados por todas as regiões do país, além de três unidades internacionais,
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(MS), juntamente a outros três campi, localizados em Curitiba, Londrina e Ponta Grossa (PR).
Como um dos dez maiores grupos educacionais privados do Brasil, a UniCesumar oferece
portfólio diversificado, com mais de 350 cursos, abrangendo graduação, pós-graduação,
técnicos, profissionalizantes, mestrado e doutorado. Sua missão é promover o acesso à educação de qualidade e contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional de seus alunos, preparando-os para os desafios do mercado de trabalho.

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