Neste Novembro Azul, o convite é claro: não adie seus cuidados. A sua saúde e a sua vida importam
O mês de novembro marca um momento importante de conscientização sobre a saúde masculina. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata segue como o segundo tipo mais comum entre os homens no Brasil, com 74 mil novos casos estimados para 2024. Apesar das altas chances de cura quando diagnosticado precocemente, muitos ainda evitam procurar o médico
Este é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros, perdendo apenas para os tumores de pele não melanoma. Mais do que uma campanha sobre o câncer de próstata, o Novembro Azul é um convite à reflexão e à mudança de atitudes. “Cuidar da saúde também é um ato de coragem. É reconhecer limites, enfrentar medos e se permitir ser humano”, afirma o psicólogo Luti Christóforo, que reforça: “O exame de toque ainda carrega um peso simbólico desnecessário. Precisamos desmistificá-lo e lembrar que ele pode salvar vidas”, reforça o especialista.
Ajuda precisa superar o orgulho
A resistência em buscar ajuda médica e emocional reflete uma cultura que associa vulnerabilidade à fraqueza. “Desde cedo, muitos meninos aprendem que homem de verdade não chora, não sente medo e não pede ajuda. Essa ideia é extremamente nociva e afasta os homens do autocuidado”, explica Luti.
Os efeitos desse comportamento vão além do corpo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 75% das mortes por suicídio no mundo são de homens. No Brasil, o índice masculino é quatro vezes maior que o feminino, segundo o Ministério da Saúde. “Quando o homem não fala sobre o que sente, ele se isola e adoece. O silêncio também mata”, alerta o psicólogo.
Para Luti, é hora de ressignificar o que é força. “Um homem forte é aquele que se cuida, que busca ajuda e que entende que saúde não é só ausência de doença — é equilíbrio entre corpo e mente.” – @luti.psicologo





