Espetáculo no centro de São Paulo reúne 100 participantes em um show de música, diversidade e inclusão
O Instituto Olga Kos (IOK) celebra a potência transformadora da arte e da inclusão com mais uma edição do Concerto do Bem – Cores e Performance. A apresentação, marcada para o dia 27 de novembro, no Teatro Sérgio Cardoso, reúne orquestra, coral, capoeira e dança em uma performance única que traduz, em sons e movimentos, o encontro de diferentes corpos, gerações e origens.
O espetáculo, que contará com 100 participantes com e sem deficiência, é o resultado de meses de ensaios e trocas intensas entre pessoas que acreditam na arte como caminho de transformação e inclusão. “Nosso objetivo é mostrar que a música pode e deve ser um canal de transformação social. Ao abrir espaço para pessoas com deficiência e comunidades em vulnerabilidade, reafirmamos o compromisso de promover uma sociedade mais inclusiva e plural”, afirma Wolf Kos, presidente do Instituto Olga Kos.
Diversidade em movimento
Responsável pela direção geral do espetáculo, Vanderlei Pira explica que o maior desafio é integrar tantas vozes, gestos e histórias em uma só narrativa. “Meu papel é coordenar e conectar as potências de cada grupo, ou seja, do orquestra, coral, dança, e fazer com que cada participante se sinta parte da construção. A inclusão, neste projeto, é vivida na prática. Todos estão juntos contando a história da cidade de São Paulo e das pessoas que a constroem”, comenta.
A trilha musical, inspirada na diversidade de São Paulo, mescla diferentes estilos e referências culturais, de Adoniran Barbosa à música judaica, com o objetivo de narrar a construção sob a ótica das pessoas de diversas origens que participaram desta construção e que, hoje, tornam a cidade viva e plural. “São Paulo é uma salada mista de culturas, como dizia Mário de Andrade. É essa mistura de povos, classes sociais, e corpos que queremos mostrar no palco”, completa Vanderlei.
Dança, emoção e pertencimento
Na coordenação da dança, Gabriel Souza Domingues, conhecido artisticamente como Dom Gabriel, destaca que o processo criativo valoriza a expressão individual de cada participante. “A gente não trabalha com uma dança codificada, que todo mundo precisa copiar o professor. Buscamos a dança de cada um, baseada em sua história de corpo e de vida. É um jeito de potencializar as habilidades e mostrar o que cada pessoa tem de melhor”, explica.
Ele reforça que a arte é uma ferramenta poderosa de transformação. “A cidade já é diversa, mas nem sempre essa diversidade é valorizada. A arte ajuda a mudar isso, porque cria pontes, amplia o olhar e transforma comportamentos. Ela tem o poder de fazer com que diferentes corpos e histórias convivam e se respeitem.”
Vozes que se encontram
Entre os participantes, histórias de superação e pertencimento se misturam. Maria Conceição, mãe de Tiago, de 27 anos, participante há quase 10 anos de projetos do Olga Kos, vê nas atuações uma oportunidade rara: “O palco é o lugar dele. Ele ama dançar e se apresentar. O Instituto abriu portas que a gente nunca imaginou alcançar: Ibirapuera, Pinacoteca, Memorial da América Latina. É gratidão em cada passo.”
Para Aparecida de Lourdes, mãe da jovem Isabel, a arte também transformou a rotina da família. “Sou mãe solo, e o Olga é nosso porto seguro. Foi onde a gente se encontrou. A Isabel amadureceu, ganhou autonomia e quer estar cada vez mais no palco. Quando ela dança, é como se dissesse: ‘Duvidaram de mim? Agora vejam do que sou capaz’”, conta, emocionada.
Um espetáculo para todos
O Concerto do Bem não é apenas uma apresentação, mas um encontro de vidas, corpos e sonhos. “É um furacão, porém, um furacão que constrói e não destrói”, define Vanderlei Pira, diretor geral do espetáculo.
Faltando pouco mais de um mês para o espetáculo, ele diz estar vivendo dentro desse furacão: “Vivo em um processo de caos e tormenta. De vez em quando, vou lá pro meio e fico apreciando tudo rodando ao meu redor, me envolvendo. Outra vezes, respiro fundo e mergulho de cabeça nesse furacão. E faço esse exercício diário de ir para o meio, olhar tudo e depois mergulhar na confusão”.
Sobre o que espera do evento, o diretor geral projeta: “Queremos que cada pessoa na plateia sinta empatia, leveza e esperança. Que veja na arte um caminho possível para uma convivência mais humana e inclusiva.
O projeto, que passou a integrar o Calendário Oficial de Eventos da Cidade de São Paulo por meio da Lei 18.217, reforça o compromisso do Instituto Olga Kos com a democratização do acesso cultural e com a valorização das diferenças — não como barreiras, mas como forças criativas que movem a sociedade.
Concerto do Bem – Cores e Performance
Data: 27 de novembro de 2025
Local: Teatro Sérgio Cardoso – Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo – SP
Entrada gratuita
Sobre o Instituto Olga Kos
Fundado há 18 anos, o IOK é uma organização sem fins lucrativos que desenvolve projetos artísticos, esportivos e científicos para pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade social. Ao longo de sua trajetória, o Instituto tem promovido ações que unem arte, diversidade e inclusão, impactando milhares de vidas em todo o país.
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