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  • sex. set 20th, 2024

Empresas em linha com práticas ESG apresentam maior valorização no mercado

Empresas em linha com práticas ESG apresentam maior valorização no mercado

As boas práticas ESG vêm ganhando bastante espaço no mundo corporativo brasileiro recentemente, e o mercado financeiro acompanha essa tendência. Principalmente após a pandemia de COVID-19, o Brasil está percebendo a importância e necessidade das empresas terem uma maior responsabilidade social, ambiental e de governança. Apesar da recente popularidade no país, o conceito já está bem mais amadurecido na Europa, e existe desde 2004.

As diretrizes ESG, sigla para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e de Governança em português), surgiu por meio da iniciativa Who Cares Wins da ONU. Em conjunto com instituições financeiras de diversos países, ela tem levantado ações para tornar o mundo mais globalizado e conectado. Inclusive, de acordo com o relatório dessa iniciativa, as empresas que adotam práticas ESG tendem a ter resultados financeiros mais positivos do que as demais. 

Aqui no Brasil, por exemplo, é possível visualizar isso muito bem através do ISE B3, o Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores. Ele é um indicador que mostra o desempenho das ações de empresas reconhecidamente comprometidas com a sustentabilidade empresarial, a partir das práticas ESG. O Índice foi criado em 2005, sendo um dos pioneiros globais para medir a eficiência corporativa no que diz respeito à sustentabilidade. 

Até 2021, o ISE teve uma valorização de 315%, enquanto o IBOV cresceu 273%. Ainda, segundo uma pesquisa da Bloomberg, pautas de ESG devem atrair algo em torno de US$53 trilhões em investimentos até 2025. 

Ronaldo Tenório, CEO e cofundador da Hand Talk, explica a razão por trás dessa tendência de crescimento: “Isso acontece porque os investidores têm passado por essa mesma mudança de perfil. Eles estão cada vez mais aptos a exigir das organizações o que elas são capazes de oferecer em benefício à sociedade”. A startup, que nasceu em Alagoas, também está próximamente conectada a esse universo, já que seus serviços contribuem na promoção das boas práticas ESG.

O ISE também passou a ser uma importante ferramenta para os investidores, no momento de avaliar onde preferem aplicar seu capital. Empresas que investem em ESG estão recebendo mais atenção, e consequentemente, mais dinheiro. Por outro lado, aquelas que não estão priorizando as pautas ESG, podem facilmente ficar para trás, tanto culturalmente quanto financeiramente. Inclusive, a partir de 2023, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) passará a exigir mais informações sobre os riscos ESG das organizações, além de inventário de emissões de gases de efeito estufa, e dados sobre a diversidade do corpo de colaboradores. 

Ainda há tempo para as empresas se adaptarem a esse novo cenário, mas já é importante ter consciência do impacto que as boas práticas ESG estão causando no mercado brasileiro. “O importante é ter em mente que tudo isso deve fazer parte de uma jornada contínua de transformação das organizações e das pessoas em um mundo que pede um capitalismo mais consciente. Afinal de contas, toda mudança tem um primeiro passo, e ele pode ser dado hoje”, afirma Ronaldo Tenório.

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