O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) encerrou nesta quinta-feira, 27, o 2º workshop do paradesporto militar, que teve duração de dois dias e foi realiado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O tema central do evento deste ano foi “O amparo legal do paradesporto militar”.
A programação contou com a presença do presidente do CPB, Mizael Conrado, do diretor Jurídico e Compliance do CPB, Paulo Losinskas, do diretor de Desenvolvimento Esportivo, Ramon Pereira, do superintendente do CPB, Neson Hervey, do tenente-brigadeiro da Secretaria de Pessoal, Saúde, Ensino e Desporto (SEPESD), Jeferson Domingues, do secretário-geral do Ministério da Defesa, Sérgio José Pereira, e da diretora da Secretaria Nacional do Paradesporto (SNPAR), Manuela Bailão.
Membros da Comissão de Desportos da Marinha (CDM), Comissão de Desportos do Exército (CDE), Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA), e da Associação dos Policiais Militares com Deficiência do Estado de São Paulo (APMDFESP), entre outros agentes militares.
“O workshop mostrou que hoje em dia, felizmente, possamos discernir que todos somos iguais, inclusive, nossas diferenças, que as limitações se apresentam de formas distintas para cada pessoa, mas que as potencialidades, da mesma forma, se manifestam em todos os indivíduos. O termo ‘invalidez’ jamais deveria ser aplicado para definir um cidadão. Então, com toda certeza, a experiência que os agentes com deficiência adquiriram no decorrer da vida vai ser muito importante no dia a dia para os demais agentes, para sensibilizar em relação à luta e na importância em acreditar e nunca desistir”, discursou bicampeão paralímpico de futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do CPB.
“Temos um caminho a percorrer até chegarmos ao paradesporto. Vamos deixar o compormisso de que vamos fazer aquilo que for possível em relação aos aspectos legais para tornar o paradesporto militar um ambiente seguro e não cause a insegurança que muitos têm em perder benefícios, entre outros danos. Parabenizo ao CPB e a todos por estarem engajados em tornar isso uma realidade em curto prazo de tempo”, completou o secretário-geral do Ministério da Defesa, Sérgio José Pereira.
O evento contou com palestras e experimentação de modalidades paralímpicas, como bocha e tênis de mesa. Os participantes também se deslocaram pelo CT Paralímpico com cadeira de rodas e/ou vendados. Foram apresentados também projetos esportivos do CPB como o Camping Militar e as Paralimpíadas Militares, que aconteceu pela primeira vez neste ano, em João Pessoa (PB).
“Vamos sair daqui com uma grande proposta para os militares, para as três forças, para que possam ter uma qualidade de vida melhor para o nosso militar. Trazer o militar com deficiência de volta a praticar uma atividade física e ao convívio do quartel”, afirmou tenente-brigadeiro Domingues.
O workshop contou com a participação de cerca de 60 participantes, entre policiais militares, bombeiros militares e agentes de segurança pública de corporações civis.
“O evento foi de essencial importância. Somente com debates, troca de ideias, é que podemos sempre avançar na legislação, com apoio de amparo social. Acredito que o Workshop atingiu o seu objetivo. O Brasil é um país com muitas potencialidades, e duas delas são: nos Jogos Paralímpicos e no desporto militar. Então, o nosso objetivo aqui foi unir essas duas forças e transformar em uma terceira, em uma potência paralímpica militar”, apontou Bruno Correia Cardoso, advogado da União e participante do workshop.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
Foto: Ale Cabral / CPB