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OPINIÃO – Importância do controle social nas políticas públicas.

OPINIÃO: Mobilidade urbana: o desafio do transporte público inclusivo. * Por Geraldo Nogueira
  • Por Geraldo Nogueira

Uma sociedade informada e consciente de seus direitos, gera controle social eficaz com participação efetiva, não só na fiscalização da aplicação dos recursos públicos, como também na formulação e no acompanhamento da implementação das políticas. Um controle social ativo permite maior interação cidadã, contribuindo para a consolidação da democracia.

No Brasil, apesar dos avanços ocorridos nas últimas décadas e mesmo sendo o tema uma conquista constitucional, trazida ao ordenamento jurídico pela Constituição de 1988, a participação da sociedade civil na construção de políticas sociais públicas que atendam aos interesses da população ainda é considerada restrita. Por isso, é preciso criar instrumentos de atuação popular, divulgá-los e colocá-los ao alcance de todos.

Hoje, quase a totalidade das políticas sociais brasileiras – saúde, educação, assistência social, pessoas com deficiência, criança e adolescente, trabalho e renda, turismo, dentre outros – contam com espaços institucionalizados de participação social, denominados conselhos, que se configuram como órgãos administrativos colegiados com representantes da sociedade civil e do poder público.

A Constituição Federal estabeleceu um conjunto de mecanismos necessário ao exercício da cidadania, destacando-se, em relação à gestão pública, o direito à participação (art.37, §3°. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta). O artigo 204, instituiu a participação da população por meio de organizações representativas na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. Tendo a regulamentação desse princípio, privilegiado a criação dos conselhos.

Os conselhos, nos moldes definidos pela Constituição, são espaços públicos com força legal para atuar nas políticas públicas, definindo suas prioridades e segmentos sociais a serem atendidos, seus conteúdos e recursos orçamentários, atuando também na avaliação dos resultados. Sua composição plural e heterogênea, com representação da sociedade civil e do governo, caracteriza os conselhos como instâncias de negociação de conflitos entre diferentes grupos e interesses. As dificuldades encontradas por esses colegiados estão na falta de capacitação dos conselheiros, ausência de apoio logístico e ingerência do poder executivo em suas atribuições.

As pessoas com deficiência, a partir das leis de acessibilidade (Leis nº 10.048 e nº 10.098, de 2000) e, posteriormente, da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (2006) e Lei Brasileira de Inclusão (2015), trouxeram temas novos para a agenda de direitos. É fato que a política da pessoa com deficiência é complexa e não tem lugar específico, precisa estar em todos os espaços, dialogando com todas as áreas do conhecimento. Por isso o avanço de qualquer política pública nessa área depende diretamente de uma boa estrutura organizacional, da qual o órgão de controle social é elemento essencial.

SERVIÇO:

Dada a importância do controle social nas políticas voltadas para pessoas com deficiência, o Sesc-Rio, juntamente com a Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/RJ, realizará nos dias 16 e 17 deste mês, o 1º Congresso Sesc de Políticas Inclusivas, que terá por base a discussão do tema deste artigo. A inscrição é gratuita. Mais informações no Instagram @cdpd_oab_rj

  • Geraldo Nogueira é Presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência OAB-RJ.

PraCegoVer Card em fundo branco, com aplicação da logomarca do evento m, onde se ler: 1º Congresso SESC de Políticas Inclusivas – A importância do controle social na garantia dos direitos das pessoas com deficiência.
Convidados: Alba Valéria Guedes, Andreza Tuler, Charles de Souza, Cinthya Pereira, Claudia Maria Pereira, Fábio Nogueira, Geraldo Nogueira, Helena Werneck, Kátia Valverde Junqueira, Regina Passos, Renata Scharfstein, Roberta Sales, Valmery Guimarães, Verônica Legentil. O evento ocorrerá no dia 07/11, das 9h às 13h, na sede da OABRJ, Av. Mal Câmara, 150 – 9º andar – Centro do Rio de Janeiro.
Abaixo constam os nomes da atual diretoria da OABRJ, as logos do SESC, da CDPD e da empresa Ativações.

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