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  • sex. set 20th, 2024
"Aprendi a Ser Forte para que Nada me Derrote e Aprendi a Ser Eu para que Ninguém Esqueça!" - Alex Garcia.

** OPINIÃO

  • Por Alex Garcia

“Aprendi a Ser Forte para que Nada me Derrote e Aprendi a Ser Eu para que Ninguém Esqueça!” – Alex Garcia.

Nesta breve reflexão, busco responder – opinar – sobre Bullying.

Um grande amigo da cidade onde resido pediu minha opinião sobre este tema.

Para início de conversa, o que é Bullying?

Bullying é uma palavra que se originou na língua inglesa.

“Bully” significa “valentão”, e o sufixo “ing” representa uma ação contínua.

A palavra bullying designa um quadro de agressões contínuas, repetitivas, com características de perseguição do agressor contra a vítima, não podendo caracterizar uma agressão isolada, resultante de uma briga.

Com este conceito, observo que o Bullying é amplo, sim, muito amplo e vaiado, porém, resta evidente que o “Valentão” vai agir sobre uma pessoa que apresente alguma “diferença” da norma estabelecida.

As diferenças em relação a norma podem estar numa pessoa obesa, numa pessoa com deficiência, na cor da pele, raça ou etnia, e, o que muito acontece atualmente, na divergência de opiniões.

O exercício legal de livre expressão por si só pode acender as ações de um “Valentão”. Ou seja, o “Valentão”; em essência busca se auto promover perante a sociedade. O “Valentão” é apenas uma ferramenta da sociedade como um todo para ter o controle do “diferente”.  A sociedade, as pessoas, para mim, em sua grande maioria (70%), tem no sangue o desejo de controlar o seu semelhante, e, para isso, usam de inúmeras ferramentas, que podem ser entendidas como “perseguições”.

O Bullying, agora, é uma “onda”, mas, as ações dos “Valentões” já vem de longa data.

Eu, Alex Garcia, desde criança experimentei algum tipo de Bullying.

Foram milhares de “Valentões” a cruzarem meu caminho, e, nenhum conseguiu me deter, nenhum ou suas perseguições conseguiram que eu mudasse meu caminho. As pessoas amigas que me conhecem, por muitas vezes perguntaram, se eu, com toda minha carga de “Deficiências” e claro, barreiras, já frequentei algum tipo de atendimento psicológico e afins! Não! Nunca estive em um psicólogo ou afim. Nunca! E isso explica muito bem o meu modo de ser e existir.

Os “Valentões”, por milhares de vezes tentaram, com suas “perseguições” colocar na minha mente que o errado era eu. Mas, eu não estava errado! Os “Valentões” estavam tentando que eu me calasse, que eu aceitasse participar do conchavo.

Em outras palavras, o objetivo era que eu aceitasse o “Mundo Selvagem”. E, do errado, inicia-se, ou é o primeiro passo para algum transtorno mental. Bullying se enfrenta e se nega com orientação familiar! Sim! Lógico que eu não nasci sabendo de como os “Valentões” agem e muito menos que o “Mundo Selvagem” está instalado.

Eu recebi orientação familiar, efetiva, firme, essencial. O aprendizado foi rápido! Eu sempre tive uma aparência “estranha” sim. Verdade!

As minhas condições de “Deficiência” me fizeram ser “Diferente” das demais crianças.

Eu era muito magro, muito frágil e com uma cabeça bem grande por conta da hidrocefalia. Para as crianças e para os adultos eu era o ET! O único ET da Escola e da cidade! Na época eu ainda podia escutar e enxergar um pouco e em casa, contei para Pai e Mãe. Pai e Mãe – As pessoas me chamam de ET! Eles responderam: Sim, por causa das tuas condições de “Deficiência” tua aparência é esta. Tu és assim. Deus te fez assim. E pai e mãe me orientaram: Os ETS também podem se desenvolver e serem felizes! Basta tu não se envolver com estas pessoas, siga o teu caminho. Quem te sustenta? Quem te dá um lar? Somos nós! Estas pessoas em nada te ajudam!

Portanto, não existe nenhuma possibilidade de te desviar do teu caminho. Siga seus estudos, siga na escola, e siga sendo TU. Tu deve ser TU e não outro! E com esta orientação eu segui minha vida! Os “Valentões” não tiveram como agir em mim ou sobre mim.

Aprendi a ser o ET e a viver de maneira simples! Os “Valentões” estão por toda parte! Quando eu trabalhei numa fundação do Gov. do Estado, pasmem, todo dia vinha um “Valentão” questionando de porque eu não era filiado ao Sindicato! É inacreditável como o Cidadão Contribuinte paga “Valentões” desse tipo. Permite o “Valentão” encher meu saco 3 vezes, então, na quarta vez meti o “cacete” no gajo!

Os “Valentões” tem um medo terrível de exposição. Eles tentam agir na “sombra”. E foi aí que numa reunião com várias pessoas agi…. Santo remédio, o “Valentão” nunca mais apareceu na minha frente!

Os “Valentões” e seu “Bullying“, surgem de repente e por motivos muito inusitados! Certa vez fui numa lanchonete aqui na cidade onde resido. Pedi uma torrada e um café. Aguarde! Chegou o pedido! Ao dar uma mordida na torrada quase quebrei os dentes. Sim, estava super dura.

Observando mais percebi que o pão da torrada eram as partes de início e fim do pão de sanduíche, ou seja, as duas partes que todos sabem que são duras. O que percebem? Sim.

O “Valentão” da lanchonete olhou pra minha aparência de ET e pensou: – Vou meter esse lixo de torrada neste ET! Ô coitado! Fiz um pequeno escândalo dentro da lanchonete! O “Valentão” apavorado correu para fazer uma boa torrada! Os “Valentões” agem na tua e com a tua vergonha! Sim. A vergonha é a mais poderosa ferramenta de controle social.

A vergonha é um sentimento tão forte quanto “bestial e imaturo”. As pessoas confundem culpa com vergonha. Ou seja, só deveríamos sentir vergonha se, de fato, somos culpados de algo. Se não somos culpados, não existe vergonha. Porém, a sociedade confunde isso.

As pessoas sentem vergonha sem serem culpadas. Qual seria minha culpa de Deus ter me enviado à Terra parecendo um ET? Nenhuma culpa. Assim aqui cheguei e não sou culpado por isso, ninguém é culpado, portanto, esqueçam, eu, Alex Garcia não tenho vergonha de nada. Aqui o ponto X do Bullying e dos “Valentões”. Agem sobre a pessoa através de sua vergonha. Isso é muito comum no Bullying junto às pessoas com deficiência.

Em geral, a pessoa com deficiência tem muita vergonha de suas “diferenças” e ai ela é um prato cheio para os “Valentões”.

Relativamente simples! Eu, Alex Garcia, sabendo do poder da vergonha, no instante em que os “Valentões” tentaram mover Bullying contra mim, eu apenas, “joguei” da própria moeda, ou seja, joguei com a vergonha deles!

Por fim, o amigo perguntou a mim, portanto, neste texto pontuo questões pessoais, individuais. Foram, com estes pensamentos e ações que cultivei milhares de amizades no Mundo, e, claro, milhares de outras pessoas preferem ver o Diabo e não ver o ET (Eu).

Com esta constatação, lembrei do ensinamento da poetisa portuguesa, Florbela Espanca: “A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente”.

Oportuno salientar que, escrevi muitas vezes a palavra “Valentões”, no masculino! Sim, porém, existem e muito as “Valentonas”, no feminino.

Saudações e desejo a todos saúde e Paz! Alex Garcia – www.agapasm.com.br

• Alex García – Pessoa Surdocega, com Hidrocefalia e Doença
Rara. No site da Agapasm estão publicados inúmeros textos: www.agapasm.com.br

** OPINIÃO reflete apenas e somente o ponto de vista do seu autor.

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