Você sabia que o Brasil é o segundo país do mundo com mais casos de hanseníase, só atrás da Índia? Sabe como a doença é transmitida e se ela tem cura? Para responder a essas e outras perguntas sobre o tema, a ViaQuatro e a ViaMobilidade realizam até o fim deste mês a campanha de engajamento Janeiro Roxo, em parceria com a NHR Brasil, organização não-governamental que atua na conscientização e combate à doença.
O objetivo da campanha Janeiro Roxo é ampliar o conhecimento da população sobre a doença, por meio de ações de conscientização, e reforçar a importância do diagnóstico precoce para evitar a ocorrência de sequelas graves, que geram incapacidades físicas.
A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é causada por infecção com a bactéria Mycobacterium leprae, transmitida após um longo convívio com pessoas acometidas pela doença e sem tratamento. Ela afeta principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos. Os sintomas incluem manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés. A doença pode ser curada com 6 a 12 meses de tratamento, com medicações disponíveis de forma gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A campanha Janeiro Roxo é dividida em duas fases. Na primeira, folhetos com diversas informações sobre a hanseníase estarão à disposição dos passageiros nos nichos de incentivo à leitura em todas as estações das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda até o dia 31 de janeiro.
A segunda etapa da campanha contará com a presença de agentes da NHR Brasil em estações de todas as linhas para distribuir os informativos e tirar dúvidas dos passageiros sobre a hanseníase, sempre das 10h às 16h (veja programação abaixo).
“A hanseníase é uma doença considerada negligenciada, que acomete cerca de 30 mil pessoas por ano no Brasil. Mesmo assim, há muito a ser feito para enfrentá-la. Pouco se fala sobre sinais e sintomas ou sobre incapacidades físicas que a doença pode gerar. É preciso ainda falar das marcas da vulnerabilidade social e do preconceito. Campanhas como o Janeiro Roxo são fundamentais para informar a população que a hanseníase tem tratamento e cura, que as pessoas acometidas devem ser acolhidas e que o preconceito só agrava o problema”, afirma Alexandre Menezes, Diretor Nacional da NHR Brasil.
Para Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaMobilidade e da ViaQuatro, “a falta de informações é uma aliada da doença. Por isso, é importante que locais de grande circulação de pessoas, como as estações de trem e metrô, sirvam para disseminar conhecimento”.
Programação
Veja onde e quando você poderá encontrar agentes da NHR Brasil nas estações, das 10h às 16h:
Linha 4-Amarela
23/1 – Estação Luz
Linha 9-Esmeralda
24/1 – Estação Pinheiros
Linha 8-Diamante
25/1 – Estação Osasco
26/1 – Estação Itapevi
Linha 5-Lilás
27/1 – Estação Largo Treze
Sobre a NHR Brasil | A história da NHR Brasil começa na Holanda, há mais de 50 anos. A partir de uma visita a pacientes com hanseníase em um hospital na Tanzânia na década de 1960, Francisca Anten e o professor Dick Leiker idealizaram a NLR, organização não-governamental que luta por um mundo livre da hanseníase. Atuando em diversos países, a NLR começou a apoiar projetos de combate à hanseníase no Brasil em 1994. O trabalho foi desenvolvido em parceria próxima com o setor público, com presença na rotina dos programas de controle da hanseníase, capacitação de profissionais de saúde e produção de materiais educativos em até 13 estados brasileiros. Em 2011, este apoio foi oficializado com a criação da NHR Brasil, atuando como um escritório representando a ONG holandesa no Brasil.