Insuficiência Venosa Crônica afeta milhões de brasileiros e pode evoluir para quadros irreversíveis

Insuficiência Venosa Crônica afeta milhões de brasileiros e pode evoluir para quadros irreversíveis

Frequente e muitas vezes negligenciada, a doença compromete o retorno venoso nas pernas e exige atenção aos sintomas para evitar complicações

A Insuficiência Venosa Crônica (IVC) é uma das doenças vasculares mais comuns, embora ainda pouco reconhecida pela população.  Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Edwaldo Edner Joviliano, até uma em cada três mulheres, e um em cada cinco homens terão algum grau da doença ao longo da vida. A prevalência geral pode alcançar entre 40% e 60% da população em alguma fase da vida, com maior incidência entre mulheres.

A IVC ocorre quando as veias das pernas perdem a capacidade de conduzir o sangue de volta ao coração de maneira eficiente, dificultando o retorno venoso e favorecendo o acúmulo de sangue nos membros inferiores. Inicialmente, a condição pode se manifestar por varizes, inchaço e sensação de peso nas pernas. Com a progressão, surgem alterações na pele, coceira, queimação e, em estágios mais avançados, feridas que cicatrizam com dificuldade. Trata-se de uma condição crônica e evolutiva. Quando não tratada adequadamente, pode levar a alterações irreversíveis.

Entre os fatores de risco estão a predisposição genética, histórico de trombose venosa, obesidade, traumas nos membros inferiores, cirurgias ortopédicas extensas, múltiplas gestações, idade avançada, uso prolongado de anticoncepcionais orais e permanência prolongada em pé. O sedentarismo agrava o quadro. Em situações específicas, o uso frequente de salto alto pode reduzir a mobilidade da musculatura da perna, comprometendo o retorno venoso. Isso é mais relevante para pessoas que permanecem em pé durante longos períodos no trabalho.

A dilatação dos vasos causada pela doença é irreversível. Por isso, a eliminação dos vasos doentes pode ser indicada, inclusive por razões estéticas ou para alívio de sintomas. A retirada desses vasos não compromete a circulação e pode melhorar o fluxo sanguíneo.

O tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, como prática regular de atividade física, controle do peso corporal, elevação dos membros inferiores e uso de meias elásticas compressivas. Quando necessário, recorre-se a procedimentos como cirurgia convencional, ablação térmica por laser ou radiofrequência, esclerose química e uso de medicações específicas para o sistema venoso.

Dr. Edwaldo alerta que sinais como dor persistente, inchaço, veias dilatadas ou alterações na pele devem motivar uma avaliação com o cirurgião vascular. O diagnóstico precoce permite traçar estratégias adequadas de tratamento e evitar o agravamento da doença.

A IVC apresenta múltiplas formas de manifestação. Por isso, o tratamento deve ser individualizado, considerando o estágio da doença, as condições clínicas do paciente e a experiência do médico responsável.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular à população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

Sobre a SBACV-SP

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP, entidade sem fins lucrativos, é a Regional oficial da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) no estado de São Paulo. A entidade representa os médicos que atuam nas especialidades de Angiologia e de Cirurgia Vascular, nas áreas de atuação de Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia, Ecografia Vascular e outras áreas afins às especialidades. www.sbacvsp.com.br

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