Inteligência artificial como ferramenta de inclusão

Inteligência artificial como ferramenta de inclusão

“A gente precisa treinar a inteligência artificial para entender que a deficiência não é um problema, ela é uma característica humana. E que pessoas com deficiência, por serem diversas, resolvem problemas de maneiras diversas.”

A afirmação é do influenciador e ativista Deives Picáz, conselheiro do Pacto Global da ONU no Brasil, que participou da edição de Curitiba (PR) do Devs de Impacto — série nacional de hackathons organizados pelo iMasters em parceria com a ApplyBrasil, com apoio da OpenAI e da NewHack. Nesta edição, o tema central foi clima, mas a inclusão também esteve presente entre as discussões.

Deives destacou que o avanço da IA depende de uma abordagem diversa e representativa desde a sua base de desenvolvimento. Para ele, é essencial que a tecnologia incorpore diferentes perspectivas e experiências humanas para evitar vieses e ampliar o impacto social positivo.

Entre os mentores desta edição estava Débora Mathias, designer e mãe de uma criança autista. Ela participou recentemente do Autismo Tech 2025, outro hackathon, mas naquela ocasião como competidora. Para Débora, essa vivência reforça o potencial da inteligência artificial como ferramenta de inclusão.

“Transitar entre os papéis de mentora e participante é uma experiência completa que envolve encontrar o problema, ser criativo e incorporar a inovação”, afirma. “Tornar os aplicativos e sites acessíveis a todo mundo é super importante para que a gente possa promover a inclusão como um todo”, conclui.

A presença de diferentes olhares no Devs de Impacto evidencia o papel da IA como aliada da diversidade – tanto na criação de soluções quanto na formação de comunidades mais acessíveis e colaborativas. A próxima edição do evento acontece em João Pessoa (PB) no fim de semana de 8 e 9 de novembro.

Equipe vencedora

A solução batizada de Clima Seguro foi a proposta vencedora da etapa de Curitiba (PR), encerrada neste domingo (2). O sistema utiliza modelagem matemática para estimar o risco de desastres climáticos em diferentes regiões do país. A ideia foi desenvolvida pelos estudantes Davi Jesus (19), Thiago Volcati (XX) e David Nascimento (20), do Instituto de Tecnologia e Liderança (Inteli), em São Paulo.

O desafio reuniu 59 desenvolvedores com a missão de criar soluções de IA voltadas a problemas sociais, tendo o clima como tema central desta edição.

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