Para parlamentar, “INSS descumpre lei sobre isenção de recadastramento para beneficiários do BPC com deficiências permanentes”

Para parlamentar, "INSS descumpre lei sobre isenção de recadastramento para beneficiários do BPC com deficiências permanentes"

Duarte Junior, Deputado Federal e presidente da Comissão das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados presidiu Audiência Pública que debateu suspensão em massa do BPC – Benefício da Prestação Continuada

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados cobra do INSS o cumprimento da lei 15.157/25, que extinguiu a necessidade de reavaliação periódica para concessão de benefícios previdenciários no caso de incapacidade permanente, irreversível ou irrecuperável.

Em entrevista ao Painel Eletrônico – da Câmara dos Deputados, o presidente da comissão, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), disse que há relatos de uma convocação em massa de beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para reavaliações periódicas, mesmo aqueles com deficiências permanentes. O assunto foi debatido em audiência pública da comissão nesta terça-feira (2).

Na audiência, representantes do Ministério da Previdência Social não confirmaram as convocações em massa, segundo Duarte Jr..

“Mas é uma postura que não tem justificativa. Chegaram a afirmar que é porque o sistema não conseguiu identificar informações antigas. Ora, se não consegue identificar informações antigas, porque são antigas, no momento que se convoca e percebe que lá tem uma pessoa com diagnóstico de autismo, não tem que o perito ficar fazendo perguntas inócuas, como, por exemplo, se ele fala, se ele namora. Chegou ao ponto de uma mãe denunciar que um desses peritos era cardiologista e perguntou para ela o que era TEA (Transtorno do Espectro Autista),” disse.

O deputado destacou que a repercussão das medidas do INSS é sentida diretamente por famílias em situação de vulnerabilidade, que dependem do BPC. O benefício equivale a um salário mínimo e é destinado a idosos e pessoas com deficiência cuja renda familiar por pessoa é inferior a um quarto de salário mínimo.

“A gente está falando de um valor que é um salário mínimo, que é um valor essencial para que essas famílias possam comprar medicamentos, possam fazer tratamentos e infelizmente, se a gente for analisar os dados, só no estado Maranhão mais de 100 milhões de reais foram retirados dessas famílias, ou seja, são benefícios que foram cortados indevidamente,” alertou.

Vice-presidente da CPMI do INSS, Duarte Jr. comparou as convocações em massa de beneficiários da Previdência e as fraudes investigadas no instituto.  “O que nos gera também maior indignação, frustração, é que a gente percebe uma eficiência muito grande para fazer o mal, para cortar o benefício de quem tem direito, de pessoas com deficiência, de famílias atípicas, mas não tem a mesma eficiência, não tem a mesma tecnologia para identificar essa fraude do INSS,” criticou.

Duarte Jr. orientou os beneficiários afetados a recorrerem administrativamente ao INSS e, se necessário, a ingressarem com ações judiciais, pela violação à Lei 15.157.

Fonte: https://www.camara.leg.br/

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