Assim como os eventos esportivos mais importantes do mundo, os atletas com deficiência intelectual também se reúnem de quatro em quatro anos para uma celebração que vai além do esporte. Organizados pela Special Olympics International – organização presente em mais de 200 países, voltada para o desenvolvimento de pessoas com deficiência intelectual por meio do esporte –, os Jogos Mundiais acontecem entre os dias 17 e 25 de junho na cidade de Berlim (Alemanha) e o Brasil teve sua participação confirmada.
Por meio das Olimpíadas Especiais Brasil (OEB) – divisão que há 35 anos representa a organização internacional no território nacional –, o Brasil estará na competição com uma delegação composta por 36 integrantes, entre atletas, técnicos, médica e diretores, que disputará medalhas no atletismo, basquete 3×3, bocha, ginástica rítmica, natação, tênis e tênis de mesa.
“As Olimpíadas Especiais Brasil estiveram na última edição dos Jogos Mundiais, realizadas em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) em 2019, e fomos muito bem, ficamos muito orgulhosos das várias conquistas pessoais e coletivas dos nossos atletas. É importante destacar também que a delegação escolhida passou por um processo de seleção: aliamos a oportunidade para quem não teve espaço em 2019 com o desempenho dos atletas nos torneios locais, regionais e nacionais. Independente do resultado em Berlim, nossos atletas já são vencedores”, contou Thomas Goman, presidente das Olimpíadas Especiais Brasil.
A delegação brasileira estará em Berlim entre os mais de 7 mil atletas vindos de 150 países para a disputa de 26 modalidades, algumas delas praticadas no formato de Esportes Unificados, nas quais pessoas com e sem deficiência jogam juntos, sendo os últimos como atletas parceiros.
Além dos apoiadores que ajudam a manter a estrutura das Olimpíadas Especiais Brasil presente nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, para viabilizar financeiramente a ida da delegação brasileira, a OEB contou com patrocínio da Colgate-Palmolive, via Lei do Incentivo ao Esporte.
SOBRE OLIMPIADAS ESPECIAIS BRASIL
Projeto global sem fins lucrativos, a Special Olympics é um movimento mundial centrado no desporto, fundado em 1968 por Eunice Kennedy Shriver – irmã do 35° presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy. Trata-se de uma organização internacional criada para apoiar pessoas com deficiência intelectual a desenvolverem a sua autoconfiança, capacidades de relacionamento interpessoal e sentido de realização por meio do esporte.
Acreditada pela Special Olympics International, as Olimpíadas Especiais Brasil atuam nas seguintes modalidades esportivas: atletismo, águas abertas, basquete, bocha, ciclismo, futebol, natação, handebol, ginástica rítmica, tênis, tênis de mesa, vôlei de praia e judô, além dos Programas: Atleta Líder, Escolas Unificadas, Atletas Saudáveis, Atletas Jovens, MATP (Programa de Treinamento em Atividade Motora) e Famílias. Tendo o país quase seis milhões de pessoas com deficiência intelectual, as Olimpíadas Especiais Brasil possuem 44 mil atletas treinando.
Filosofia
A Special Olympics tem como filosofia dar oportunidade a todos os atletas, independente do nível de habilidade, promovendo diversas competições, nas mais diferentes regiões do mundo, durante todo o ano. O programa é conduzido por voluntários e por meio de treinamentos esportivos e competições de qualidade, melhora a vida das pessoas com deficiência intelectual e, consequentemente, a vida de todas as pessoas que as cercam.
Embaixadores
A Special Olympics conta, em nível local e global, com uma série de embaixadores que vestem a camisa do movimento e ajudam a levar adiante a causa. No Brasil, as OEB dispõem de nomes como os jogadores de futebol Cafu, Ricardinho, Romário, Zico, Lucas Moura e Willian Bigode, a jogadora de vôlei Jakie Silva, e as campeãs de nado sincronizado Bia e Bianca. No mundo, além de nomes importantes do esporte, com destaque para Michael Phelps, há artistas como Avril Lavigne, Brooklyn Decker Roddick, Charles Melton, Eddie Barbanell, Maureen McCormick, Chris Pratt e Katherine Schwarzenegger.