fbpx
  • ter. abr 30th, 2024

Aumento de casos de demência no Brasil preocupa especialistas

Especialistas apontam preocupação com grande aumento de casos de demência no Brasil

Um novo estudo, publicado pela Lancer Public Health, indica que o número de brasileiros com demência deve subir 206% até 2025 fazendo com que o número de casos da condição aumente para 5,6 milhões, o que acende o alerta sobre cuidados que devem ser tomados.

De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, os hábitos e condições de vida do povo brasileiro são os principais fator para o crescimento dos casos. “A demência não é causada apenas pelo envelhecimento populacional e sim em decorrência de hábitos, cultura das redes sociais e suas consequências no cérebro, assim como a ansiedade em excesso são facilitadores. A responsabilidade sobre as demências não está tanto no sedentarismo, mas no tipo de alimentação e o que é utilizada, os produtos que são consumidos, até que ponto são confiáveis? Vamos jogar luz sobre o fato de sermos a sociedade mais ansiosa do mundo e no que isso acarreta como transtornos e depressão, o que leva a neurodegeneração, assim como uso prematuro de medicamentos para foco atencional e memória”.

Como prevenir o surgimento de demências?

O surgimento de doenças neurodegenerativas relacionadas ao estilo de vida e hábitos nocivos, também é reforçado pelo neurocirurgião Dr. Alexandre Casagrande, que afirma que manter o cérebro ativo é um dos principais cuidados para evitar a doença. “Claro, existe a contribuição de fatores biológicos sobre os quais não temos controle, mas os hábitos possuem um papel fundamental no surgimento de demências, o envelhecimento cerebral está ligado ao excesso de ansiedade e depressão que são fatores conhecidos por influenciar o desenvolvimento de doenças demenciais. A falta de atividade física, muito presente na sociedade atual, aumenta a chance de demência vascular por microangiopatia, com o passar do tempo também é essencial manter o cérebro ativo, seja com atividades manuais, instrumentos musicais etc., tudo que possa estimular o cérebro com hábitos diferentes, evitando assim a ‘preguiça cerebral’ que acelera o ‘envelhecimento cerebral’”.

Doença incurável: Os avanços da medicina no tratamento de demência

Ainda não há nenhum tratamento capaz de reverter totalmente a demência, apenas reduzir o seu avanço e proporcionar uma maior qualidade de vida aos pacientes, no entanto, a ciência permanece na busca de novas tecnologias capazes de ajudar a frear o avanço das doenças neurodegenerativas, como explica o neurocirurgião Dr. Bruno Burjaili. “Isso ainda não é tão notável para as demências, ou seja, não existem tantas estratégias de medicina para melhorar seus sintomas de uma maneira muito impactante, a tendência ainda é que muita gente passe por isso juntamente às suas famílias. Isso faz com que grandes mentes, após extensa experiência de vida per cão, gradualmente seu potencial de ajudar sua comunidade e, em última instância, a sociedade como um todo. O implante de eletrodo cerebral profundo ou marca passo cerebral, muito utilizado na doença de Parkinson, no tremor essencial e na distonia que são outras doenças neurológicas, já foi tentado em estudos internacionais para a doença de Alzheimer. Infelizmente, o resultado desses estudos não foi muito animadora até agora. Continuamos batalhando para tentar trazer novas maneiras de ajudar a melhorar os sintomas da demência. No Brasil, muitas pessoas não têm acesso a todo o cuidado necessário para quem tem a doença. Isso só torna tudo mais difícil por ser complicado ou mesmo impossível conseguir esse suporte através do SUS e dos planos de saúde“.

Fonte: pressmf.global

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA – American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS.


Dr. Bruno Burjaili é neurocirurgião com atuação mais específica em doenças do movimento (como Parkinson, tremores e distonia), inclusive o implante de marca-passo cerebral. É também especialista em dores de difícil controle, abrangendo o uso de medicamentos, tratamentos minimamente invasivos e até cirurgias para os casos mais resistentes. Em sua formação, esteve no Brasil, na França, nos Estados Unidos e na Inglaterra, em centros como a Universidade de Oxford e a Universidade da Flórida. Hoje, atua em São Paulo, Vitória e Uberlândia, além de prestar atendimento por vídeo a pessoas que estão fisicamente mais distantes.

Dr. Alexandre Casagrande – Médico neurocirurgião – Membro Afiliado da European Society for Pediatric Neurosurgery. Neurocirurgião Pediátrico do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina –  PR. Membro Afilliado da International Society for Pediatric Neurosurgery
Presidente do I Consenso da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica
Diretor da Clínica de Espasticidade Pro-Kids de Londrina

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *