De acordo com dados do último censo do IBGE, no Brasil, cerca de 17,3 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência, o que representa em torno de 8,4% da população.    

Para alertar sobre a necessidade de políticas públicas que promovam igualdade e inclusão dessas pessoas na sociedade, em 21 de setembro, é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A comemoração foi oficializada em 2005, mas já era celebrada desde 1982 devido a ações do Movimento pelos Direitos das Pessoas com Deficiência, que se reunia desde 1979 para reivindicar direitos e melhorias para a vida das pessoas com deficiência.    

Inclusão na prática  

O Senac em Minas tem atuado continuamente para promover a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Seja por meio da capacitação de estudantes nos cursos livres, técnicos, de graduação e pós-graduação, seja por meio da contratação de profissionais para as diversas áreas da instituição.      

Nos meses de julho e agosto, o Senac recebeu inscrições para o Programa de Inclusão Profissional da Pessoa com Deficiência, que visa a capacitação e a contratação de profissionais com deficiência, em todo o estado, com ensino fundamental 2 incompleto (do 6º ano ao 9º ano) ou cursando outra escolaridade (independentemente de status), em qualquer área do conhecimento.      

Coordenadora de Diversidade, Equidade e Inclusão do Senac, Juliana Rezende Gaudêncio, faz um balanço da iniciativa. “O Programa de Inclusão Profissional da Pessoa com Deficiência foi um sucesso, tivemos 207 inscrições no total, um número realmente alto de candidaturas. Esse quantitativo corrobora com a importância de iniciativas como esta.”    

A gestora destaca que o ponto relevante do Programa de Inclusão Profissional da Pessoa com Deficiência é que todo o processo que o compõe é realizado em equidade, “visando a inclusão efetiva das pessoas com deficiência que estão participando, respeitando e atendendo suas necessidades específicas. Por exemplo, tendo em vista que há a possibilidade de baixa escolaridade, principalmente por pessoas com deficiência intelectual, adequamos o requisito da vaga “Auxiliar Administrativo”, de ensino médio completo para ensino fundamental 2 incompleto”, aponta.    

Juliana ressalta a expectativa do Senac para as próximas etapas do Programa. “As 15 pessoas selecionadas iniciaram suas atividades no dia 18 de setembro em várias unidades e áreas administrativas da instituição. Com isso, esperamos que todas estas pessoas sejam plenamente desenvolvidas, atingindo o objetivo da ação que é capacitar e promover a inserção ou recolocação delas no mercado de trabalho, de forma equitativa. Assim, o Senac promoverá todas as estratégias, metodologias e recursos para que ocorra a inclusão efetiva.”   

Em 2022, o Senac contou em seu corpo discente com o total de 1257 pessoas estudantes com deficiência. Atualmente, de acordo com levantamento realizado até setembro de 2023, a instituição possui 111 pessoas colaboradoras com deficiência.    

Diversidade, Equidade e Inclusão  

Em 2023, o Senac em Minas mobilizou-se para o reconhecimento da importância de uma cultura equitativa e inclusiva na instituição, o reforço da necessidade de se pensar em abordagens inclusivas e acessíveis em todos os processos, práticas e comportamentos dentro da organização.    

Como resultado, ocorreu o aumento do número de integrantes da Coordenação de Diversidade, Equidade e Inclusão do Senac, conforme enfatiza Juliana. “Tendo em vista as demandas mercadológicas, mas principalmente a coerência com os valores institucionais, o crescimento da área veio para ratificar o compromisso da instituição com essa temática. O trabalho de inclusão já acontecia de forma eficaz com corpo discente e tivemos a demanda de contemplar e ampliar esse movimento para o quadro funcional da organização.”    

Juliana pontua quais são as perspectivas para o Senac, a partir dessa ampliação da equipe da Coordenação de Diversidade, Equidade e Inclusão. “A expectativa é o reforço da cultura de diversidade, equidade e inclusão no Senac em Minas, fazendo com que, cada vez mais, as pessoas colaboradoras sintam-se mais pertencentes à organização e seguras para serem elas mesmas em suas diferenças e sintam-se valorizadas e respeitadas”.