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  • qua. maio 15th, 2024

ANAPcD solicita bolsas de estudos para Pessoas com Deficiência que buscam magistratura

ANAPcD solicita bolsas de estudos para Pessoas com Deficiência que buscam magistratura

Entidade esteve reunida com Juíza Auxiliar da Presidência do CNJ e apresentou nova demanda ao órgão

A ANAPcD – Associação Nacional de Apoio às Pessoas com Deficiência esteve nos últimos 30 dias reunida por duas vezes com a equipe de Magistrados Auxiliares da Presidência do CNJ – Conselho Nacional de Justiça.

No encontro de 8 de março a entidade solicitou que o CNJ pudesse reconsiderar decisão que criou uma linha de corte diferenciado para o ENAM – Exame Nacional de Magistratura, que beneficiava pessoas negras, pardas e indígenas. Na audiência com a Juíza Andréa Franco Machado a ANAPcD formalizou o pedido e a preocupação com a ‘exclusão’ das pessoas com deficiência da mesma linha de corte.

Em 19 de março, o Conselho divulgou que uniformizou regras em concursos de servidores do Judiciário para negros, indígenas e PCDs, que atendeu a demanda apresentada pela ANAPcD.

Nova demanda

Em 21 de março, o órgão informou que “articula apoio para concessão de bolsas para negros e indígenas candidatos à magistratura”, mas não oferecendo os benefícios para as pessoas com deficiência.

Representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e empresas se reuniram na terça-feira (19/3) para debater as regras que vão viabilizar a concessão de bolsas, por dois anos, para 200 candidatos negros e indígenas que desejam prestar o Exame Nacional da Magistratura (Enam) e concursos da magistratura. 

“Não podemos perder as oportunidades de buscar os direitos das pessoas com deficiência. Se em algum momento algum segmento da sociedade é privilegiado, entendemos que todos devem receber a mesma atenção”, afirmou Abrão Dib, presidente da ANAPcD.

Diante do novo fato, foi solicitada outra reunião com o CNJ, que aconteceu na tarde desta quarta-feira, 10, com a magistrada Katia Herminia Martins Lararano Roncada, Juíza Auxiliar da Presidência e integrante da Comissão de Acessibilidade do Conselho.

Para o presidente da ANAPcD o encontro foi muito positivo e foi formalizado – oficialmente a demanda da entidade. A magistrada se comprometeu a apresentar a demanda ao Comitê de Acessibilidade do órgão.

Termos corretos

Outro tema do encontro foi a sugestão da ANAPcD para que os servidores do judiciário e magistrados recebam qualificação imediata sobre os termos a serem utilizados em despachos e publicações. “Ainda existe a utilização de termos como Portadores de Deficiência e Pessoas com Necessidades Especiais em divulgações do judiciário brasileiro. Isso não deve ocorrer e precisamos que todos entendam a maneira correta de tratar o segmento”, afirmou Abrão Dib.

De acordo com a Lei Federal 13.146, a LBI – Lei Brasileira de Inclusão, a pessoa tem uma condição que não a define por si só, então a forma correta de dirigir-se a qualquer pessoa que tenha qualquer tipo de deficiência é Pessoa com Deficiência.

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