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  • qui. nov 21st, 2024

Sefaz divulga resultados de recursos para isenção de IPVA PcD

Sefaz divulga resultados de recursos para isenção de IPVA PcD

Foram 7.500 recursos apresentados por pessoas com deficiência. Até agora apenas 42% foram avaliados pela Sefaz/SP

A Sefaz – Secretaria de Economia e Fazenda do Estado de São Paulo divulgou na tarde desta sexta-feira, 19, uma preliminar dos 7.500 processos encaminhados ao SIPET – Sistema de Peticionamento Eletrônico de pessoas com deficiência que não concordaram com os resultados das perícias obrigatórias realizadas junto aos homologados pelo IMESC – Instituto de Medicina Social e de Criminologia.

Vários casos foram relatados pelo Diário PcD, ANAPcD e Rádio Bandeirantes de pessoas com deficiência – que sofreram amputações, famílias de autistas, paraplégicos, tetraplégicos e demais deficiências moderadas e graves, que ao passar pela perícia foram caracterizados com ‘grau leve’ e, com isso, não teriam o direito à isenção do IPVA.

O caso das perícias médicas ‘questionáveis’ é alvo de apuração no Ministério Público de São Paulo, Tribunal de Contas, Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, ONU e pode se tornar uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito na ALESP – Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Segundo a SEFAZ, foram avaliados 42% dos recursos apresentados. Isso significa que mais de 2 mil pessoas tiveram os recursos INDEFERIDOS e 1.142 (em torno de 36% dos recursos avaliados) apontam para falha do estado ao negar a isenção para as pessoas com deficiência.

Para a ANAPcD, “parte dos recursos que foram DEFERIDOS são parciais, concedendo a isenção para à partir de 1º de janeiro de 2024 e negando o direito aos anos de 2022 e 2023”. Outro fator cobrado pela entidade é sobre os custos que o estado tem para as perícias. Cada atendimento custa R$ 211 reais aos cofres públicos.

“Se houve erro dos peritos ao cometer a falha na realização da perícia, entendemos que não devem receber por isso. O Estado não tem que pagar quem falhou. Só para esses casos – os 1.142, devem ser disponibilizados mais de R$ 240 mil reais. Esse valor poderia ser investido em Acessibilidade”, comenta Abrão Dib, presidente da ANAPcD.

Pelos números apresentados, ainda restam a avaliação de 4.350 recursos.

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