Pesquisa constata grandes benefícios para praticantes dessa luta genuinamente brasileira na condição genética T21
O Instituto UniDown, entidade cujo objetivo é potencializar as habilidades de jovens especiais para que tenham uma vida autônoma na sociedade, iniciará aulas de capoeira, gratuitas, para pessoas com síndrome de Down, em agosto. O treinamento é voltado para adolescentes de ambos os sexos, acima de 14 anos, e ficará sob direção do educador físico, Josoel Vitalino, ‘mestre Baiano Malungo’, iniciado na capoeira em 1976 na Associação de Capoeira Fonte do Gravatá, fundadora da Federação Paulista. Ele desde 1985 está inscrito na Confederação Paulista de Capoeira.
‘Mestre Baiano Malungo’ também faz parte de uma equipe multidisciplinar de promoção à saúde e trabalha a capoeira como esporte, dança e expressões em instituições de saúde e desenvolvimento social de forma terapêutica e de reinserção na sociedade. O professor tem produzido também atividades com danças afro-brasileiras, instrumentos de percussão da mesma forma terapêutica, pedagógica e prazerosa. Já realizou apresentações e demonstrações em diversos eventos de projetos sociais e em espaços culturais como em 1987 no Encontro Internacional de Danças do Mundo, no Teatro Municipal de São Paulo.
Especialistas definem a capoeira como uma expressão cultural brasileira que combina arte marcial, música, acrobacias e dança com realização de golpes e movimentos rápidos, complexos e únicos, que exigem força e flexibilidade corporal. Vitalino tem atuado em diferentes regiões de São Paulo, tendo a capoeira como agente sensibilizador de outras expressões e um fio condutor no aspecto cognitivo, social, terapêutico e cultural.
Os benefícios desse esporte são bastante evidentes cientificamente. As educadoras físicas, Barbara Vilar Teixeira e Cristiane Gonçalves da Mota, autoras do estudo “A prática da capoeira por pessoas com síndrome de Down: uma revisão da literatura”, concluíram em sua pesquisa que a capoeira contribui às pessoas com síndrome de Down na melhora dos aspectos físico, afetivo, social, psicológico e motor como também no desenvolvimento do equilíbrio postural, coordenação motora e cognição, além de promover a sociabilização, desde a infância até a fase adulta, seja em programas específicos ou em âmbito escolar. Além disso, a luta também proporciona àquele praticante, nessa condição genética de T21, maior autonomia.
No trabalho acadêmico desenvolvido pelas pesquisadoras elas ressaltam ainda que é importante que essa prática seja realizada de maneira adequada, adaptada às limitações de seus praticantes e de acordo com os protocolos internacionais de cuidados às pessoas com Síndrome de Down, evitando-se movimentos inadequados para essa população.
No caso do Instituto Unidown todos os cuidados previstos estão sendo tomados, principalmente porque a instituição desde 2006 tem trabalhado com esse grupo social se comprometendo com a construção de uma sociedade mais inclusiva no País, ajudando seus alunos a cuidarem de si próprios no aspecto físico e emocional.
BENEFÍCIOS DA CAPOEIRA PARA PESSOAS T21
1 — Melhora as condições psicomotoras;
2 — Alonga todos os membros corporais;
3 — Melhora os reflexos;
4 — Ajuda na coordenação dos movimentos diários;
5 — Fortalece a musculatura de todo corpo;
6 — Melhora a postura;
7 — Ativa a circulação sanguínea corporal e cerebral;
8 — Sincroniza movimentos com musicalidade;
9 — Ajuda no equilíbrio emocional;
10 — Melhora o sono, tira o stress e provoca o bem-estar.
Mais Informações via WhatsApp do Instituto UniDown:
(11) 9.9257-7352