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Pesquisadora norte-americana participa de conversa exclusiva no Brasil sobre protocolo EASI, inovador nas estratégias para autismo

Pesquisadora norte-americana participa de conversa exclusiva no Brasil sobre protocolo EASI, inovador nas estratégias para autismo

Produzido e mediado pela Genial Care, bate-papo traz detalhes sobre a ferramenta avaliativa, sua ligação com a Integração Sensorial e terapia ocupacional em todo o mundo

Focada em apresentar sempre o que há de mais avançado nesse campo, a healthtech Genial Care, rede de cuidado de saúde atípica referência na América Latina, lançará no dia 13 de agosto uma roda de conversa exclusiva no Brasil com a pesquisadora em Integração Sensorial (IS) e autora do protocolo EASI, Zoe Mailloux, para conhecer detalhadamente o protocolo de Integração Sensorial de Ayres. A conversa será transmitida através do canal de YouTube da Genial Care

A conversa com a pesquisadora norte-americana tem como foco principal debater a importância da avaliação no estabelecimento de objetivos de intervenção, com uma ênfase especial na Integração Sensorial de Ayres, abordando tópicos fundamentais como a aplicação do protocolo EASI na prática clínica, a diferença entre o EASI e o antigo protocolo SIPT (Sensory Integration and Praxis Test), além das implicações futuras do EASI na terapia ocupacional. 

Além de Zoe Mailloux, o evento conta com a presença da terapeuta ocupacional, Mariana Tonetto, e tem mediação do fundador e CEO da Genial Care, Kenny Laplante.

“O EASI tem um impacto importante para a aprendizagem e o comportamento das crianças autistas, proporcionando experiências mais significativas. Como um processo de desenvolvimento contínuo, sua eficácia resulta em respostas adaptativas e desafios apropriados que promovem a integração sensorial e estimulam a neuroplasticidade”, analisa o fundador e CEO da Genial Care, Kenny Laplante.

Na próxima década, estima-se que 1 milhão de crianças nascerão com autismo no Brasil, segundo o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), dos Estados Unidos. O crescimento no diagnóstico de autismo nos últimos anos também impacta em esforços científicos direcionados a abordagens terapêuticas cada vez mais atuais e precisas, que proporcionem resultados personalizados para o suporte ao autismo.


Quem é Zoe Mailloux? 

Zoe Mailloux é uma terapeuta ocupacional de destaque e uma autoridade reconhecida no campo da Integração Sensorial. Com mais de três décadas de experiência, Mailloux é uma das principais pesquisadoras e desenvolvedoras do protocolo Evaluation in Ayres Sensory Integration (EASI). Seu trabalho se concentra na aplicação prática da teoria da Integração Sensorial de Ayres, um modelo terapêutico que organiza informações sensoriais para melhorar o funcionamento diário e o desenvolvimento de crianças, especialmente aquelas no espectro do autismo. Foi assistente de pesquisa da Dra. Jean Ayres e recebeu prêmios de excelência da Fundação de Pesquisa em Autismo e da Associação Americana de Terapeutas Ocupacionais.

Mailloux contribuiu significativamente para a formação e treinamento de terapeutas ocupacionais ao redor do mundo, promovendo o uso do EASI como uma ferramenta essencial para avaliações precisas e intervenções eficazes. 

O que é o EASI na Terapia Ocupacional?

O EASI, ou Evolução da Integração Sensorial de Ayres, é um protocolo de avaliação criado por Zoe Mailloux e colaboradores. Faz parte das ferramentas de avaliação da Integração Sensorial de Ayres e foi projetado para avaliar as funções sensoriais e motoras de aprendizagem, comportamento e participação em crianças, de forma abrangente e precisa. 

O EASI surgiu como parte de uma iniciativa da Reunião Internacional de Especialistas em Integração Sensorial de 2014, em comemoração ao centenário da Dra. Jean Ayres, fundadora do método de Integração Sensorial. “Nosso objetivo era desenvolver testes que minimizassem as influências culturais e de compreensão da linguagem”, explica Mailloux. 

Durante a criação do EASI, Zoe Mailloux estabeleceu metas e parâmetros claros para garantir que o protocolo fosse funcional e escalável, assegurando que famílias em todo o mundo pudessem ter acesso a intervenções de qualidade e permitir uma avaliação acessível para crianças globalmente.

“Queríamos criar um conjunto de testes práticos e fáceis de usar para terapeutas qualificados”, ressalta Mailloux. Os pontos de inovação do EASI incluem a medição da reatividade sensorial baseada em desempenho, novos testes de padronização de práxis e percepção tátil oral.

Integração Sensorial de Ayres: um recurso essencial para o autismo

A Integração Sensorial de Ayres é um processo terapêutico que organiza informações sensoriais do corpo e do ambiente para facilitar comportamentos complexos. Esta teoria integra conceitos de desenvolvimento humano, neurociência, psicologia e terapia ocupacional, sendo amplamente utilizada no tratamento do autismo.

Pessoas neurotípicas aprendem sozinhas a interpretarem e reagirem a estímulos sonoros, visuais e de toque, sem precisar de qualquer suporte. No caso de pessoas com autismo, esse aprendizado muitas vezes precisa ser ensinado pela integração sensorial. Com as práticas aplicadas pelos profissionais de terapia ocupacional é possível desenvolver habilidades de recepção, processamento e respostas adaptativas dos estímulos externos do ambiente.

Pesquisas realizadas pela Dra. Anna Jean Ayres e outros estudiosos na década de 1980 validaram a eficácia da terapia de Integração Sensorial. Uma medida de fidelidade foi criada para garantir a aplicação correta da terapia, ajudando o sistema nervoso a organizar informações sensoriais e permitindo a participação em ocupações produtivas e significativas, sendo um objetivo central da terapia ocupacional.

“A Dra. Ayres, quando estava desenvolvendo a teoria da integração sensorial, era muito dedicada à pesquisa acadêmica. Ela conduziu estudos de intervenção desde cedo, que mostraram resultados muito positivos”, comenta Zoe Mailloux. 

Aplicação prática do EASI traz uma ampla gama de benefícios

Segundo explica Mariana Tonetto, a implementação do protocolo EASI se alinha perfeitamente com o modelo clínico, que prioriza avaliações abrangentes dos principais domínios do desenvolvimento infantil, como comunicação, socialização, atividades diárias e habilidades motoras. “O EASI, por ser um protocolo de avaliação direta que exige respostas a instruções, se mostra ideal para ser utilizado com nosso grupo de crianças autistas no Brasil. A abordagem da Genial Care enfatiza que as metas terapêuticas devem sempre estar relacionadas com a funcionalidade e a realidade das crianças. O EASI nos apoia na compreensão das disfunções sensoriais, sendo frequentemente encontradas em nossa população, permitindo que estabeleçamos metas terapêuticas funcionais”, pontua a especialista.

“O uso do EASI na Genial Care representa um grande potencial para aprimorar nossa intervenção, garantindo que nossas práticas sejam assertivas e diretamente relacionadas às necessidades sensoriais e funcionais das crianças,” afirma a Terapeuta Ocupacional. Isso nos possibilita oferecer intervenções mais precisas e eficazes, impactando realmente a qualidade de vida das crianças que atendemos”, conclui Mariana.

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