fbpx
  • qui. nov 28th, 2024

Salas sensoriais às pessoas com autismo ganham espaços em aeroportos, estádios de futebol e shoppings

Salas sensoriais às pessoas com autismo ganham espaços em aeroportos, estádios de futebol e shoppings

O Governo anunciou a implantação de 20 salas especiais até 2026 em aeroportos. Nos estádios, o Allianz Parque em São Paulo é referência com sala sensorial

Estima-se que no Brasil existem mais de 6 milhões de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) , um número considerado expressivo. Conhecido anteriormente apenas como autismo, hoje, a sigla é muito mais abrangente, e é justamente essa mudança de diagnóstico que aumentou o número de casos. Como os sintomas apresentam uma variabilidade muito grande o uso da palavra espectro é o mais acertado. 

A importância da acessibilidade e inclusão para milhões de brasileiros é sempre uma temática discutida pelo Grupo Treini e seus profissionais, referência no mercado de tratamentos e pesquisas relacionadas ao espectro autista. Recentemente o governo federal anunciou a criação de um programa para ajudar e dar mais acessibilidade para passageiros com transtorno do espectro autista e outras neurodivergências. O objetivo é além de acolhê-los, elas terão adaptações voltadas aos cerca de 200 mil passageiros com essas características, que circulam anualmente pelos aeroportos. 

Além da implantação de salas multissensoriais que oferecem estímulos sensoriais (visuais, táteis e auditivos) para promover relaxamento, concentração e bem-estar, serão também implementadas salas de acomodação, com estímulos reduzidos para acolher passageiros durante momentos de crise. 

Segundo Thalita Cruz, coordenadora de pesquisas do Grupo Treini este tipo de medida é extrema importância para que os pessoas com TEA possam se sentir incluídos, que possam vivenciar este momento com maior prazer e alegria e em momento de crise que possam ser acolhidos sem constrangimentos ou preconceitos. “A experiência e os treinamentos que realizamos para centenas de profissionais no Brasil em nossa central de estudo em Minas Gerais será ampliada agora para quase todo o território nacional. Cada sala sensorial instalada em algum ponto do país é um avanço para a continuidade dos tratamentos dos pacientes”

Atualmente existem quatro salas sensoriais instaladas em aeroportos pelo Brasil, uma será inaugurada este mês no aeroporto de Natal. A iniciativa é inspirada em duas experiências de salas sensoriais instaladas pela Concessionária Zurich Airport nos aeroportos de Florianópolis, em Santa Catarina, e Vitória, no Espírito Santo.


Estádios de futebol

Integrar a pessoa com deficiência a novas experiências e possibilidades do cotidiano, esta é uma premissa de qualquer sala sensorial. Instalada no Allianz Parque, em São Paulo, a sala sensorial permite que crianças, jovens e adultos com autismo ou similares, possam vivenciar a alegria de ver seu time do coração jogando e ao mesmo tempo ser envolto por um acolhimento que faz toda a diferença.  A sala conta com uma estrutura de equipamentos para suporte em crise, hiperestímulo ou desregulação. Profissionais especializados também ficam no espaço para auxiliar durante os eventos.

Atualmente as arenas do Mineirão (BH), Allianz Parque, Neo Química Arena, Morumbis (SP), Couto Pereira (PR), Beira Rio (RJ), Alfredo Jaconi (RS), Arena Pantanal (MT) e Hailé Pinheiro (GO), possuem salas sensoriais com atendimento especializado por profissionais. 

Shoppings e Malls

Alguns shoppings têm procurado incluir as pessoas com TEA nos eventos que realizam, levando a crianças e adolescentes a oportunidade de experimentar oportunidades como brincadeiras, sessões de cinema e eventos especiais. As mães e responsáveis se sentem também muito contentes e acolhidas.  Os retornos muito positivos não só deste público, mas de toda a comunidade que espera dos shoppings e grandes malls atividades de inclusão social. 

Os cuidados envolvem diminuição do som e das luzes, empréstimo de fones abafadores de ruído, além de brinquedos indicados por especialistas para crianças com TEA. “Globalizar a sociedade em trabalhos e experiências sensoriais acelera consideravelmente o processo de reabilitação dos pacientes”, finaliza a especialista. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *