Um grupo de moradores de Mongaguá, no Litoral de São Paulo, decidiu construir rampas de acessibilidade com recursos próprios e o projeto agora tenta, através do Poder Público ou parceiros, a aquisição de uma cadeira anfíbia, cujo valor aproximado é de R$ 5 mil.
O fotógrafo e ambientalista Edson Alexandre de Oliveira, de 53 anos, um dos responsáveis, disse que a ideia surgiu após ele presenciar pessoas querendo cortar a mata local, na altura do número 9.137 da Avenida Governador Mario Covas Jr. “Acabei intercedendo e sinalizando para não destruírem a vegetação. Após isso, começamos a cuidar do local”, conta Oliveira, citando que também procurou ajuda junto ao Poder Público para que o local “pudesse ser melhorado e protegido”.
O ambientalista também diz ter notado que havia dificuldade de acesso à praia na região. “Era muito difícil para pessoas com mais idade ou com deficiência chegarem nela. Foi aí que partimos para a construção das rampas de acesso, com corrimão. O objetivo é permitir que todos que queiram tomar um banho de mar consigam”, conta.
O atendente Kelmani Santos, de 47 anos, outro morador, comentou o processo. “A princípio, a rampa que a gente fez não era só para os turistas, mas também para os munícipes. Percebemos que cadeirantes não conseguiam ter fácil acesso à água, e a tentativa acabava até danificando a cadeira (de rodas)”, explica.
“Nós tentamos parcerias, mas não acreditaram no projeto. Agora, vamos seguir em frente com a intenção de implantar as rampas em todos os setores de dificuldade próximo a quiosques”, finaliza.
Protocolado
Oliveira afirma que precisa de ajuda para obterem a cadeira anfíbia, mas que o pedido já foi protocolado junto ao Poder Público há aproximadamente três meses.
Em nota, a Prefeitura de Mongaguá informou que a Secretaria de Obras enviará uma equipe ao local para averiguar a situação.
Fonte: https://www.atribuna.com.br