Instituto Buko Kaesemodel divulga Carta Aberta em defesa das APAEs e da Inclusão Responsável

Instituto Buko Kaesemodel divulga Carta Aberta em defesa das APAEs e da Inclusão Responsável

O Diário PcD recebeu a Carta Aberta do Instituto Buko Kaesemodel em defesa das APAEs e da Inclusão Responsável

Confira a íntegra da manifestação:

O Instituto Buko Kaesemodel, comprometido com a promoção da verdadeira inclusão e com a dignidade das pessoas com síndromes e doenças raras, vem a público manifestar sua profunda preocupação diante da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7796), que questiona leis do Paraná responsáveis por garantir repasses públicos às escolas especializadas, como as mantidas pelas APAEs. O possível fechamento dessas instituições representaria um retrocesso inaceitável.

Para milhares de famílias, a APAE não é apenas uma escola, mas um espaço de acolhimento, tratamento especializado e desenvolvimento, onde equipes multidisciplinares constroem, junto aos alunos, caminhos individualizados para o aprendizado e a autonomia. O discurso de “inclusão total”, que defende a matrícula obrigatória de todos os alunos com deficiência exclusivamente na rede regular, ignora a realidade brasileira e não encontra respaldo nos países desenvolvidos, onde múltiplos modelos de atendimento coexistem para responder às diferentes necessidades.

A rede regular, por mais que deva ser fortalecida, não está preparada para absorver, de forma adequada e imediata, a complexidade das demandas hoje atendidas pelas escolas especializadas s. Isso acarretaria sobrecarga nas escolas comuns e prejuízos irreversíveis para os estudantes. Mais grave ainda é o impacto humano: sem o suporte das escolas especializadas, muitas crianças e jovens ficariam em casa, perdendo conquistas alcançadas com muito esforço e comprometendo não apenas o aprendizado, mas também sua inclusão social e qualidade de vida.

Inclusão verdadeira não é colocar todos no mesmo espaço, mas garantir que cada pessoa receba a atenção e os recursos que realmente necessita para se desenvolver. Nesse sentido, as escolas especializadas cumprem um papel insubstituível. O Instituto Buko Kaesemodel defende que o Supremo Tribunal Federal considere não apenas aspectos jurídicos, mas, sobretudo, os efeitos sociais e humanos dessa decisão, e conclama autoridades, famílias e toda a sociedade civil a se unirem pela preservação das escolas especializadas, para que o direito à educação adequada — e, portanto, à inclusão real — seja plenamente assegurado.

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