André Naves – Defensor Público Federal afirma que situação do personagem deve servir como reflexão para casos em que pessoas com deficiência não conseguem acesso a tratamentos e reabilitação
A novela Vale Tudo – apresentada originalmente em 1988–1989, da Rede Globo, está sendo reapresentada em horário nobre e é considerada um marco da teledramaturgia brasileira por sua crítica social profunda sobre ética, corrupção e desigualdade. Para as pessoas com deficiência, embora a trama não tenha sido escrita com foco nesse grupo, ela tem alguns significados importantes.
A crítica central da novela — de que “tudo vale” para vencer — é um alerta que ainda pode ser acompanhado pelas pessoas com deficiência como reflexo das barreiras que enfrentam. A exclusão, a corrupção e a falta de empatia retratadas na obra lembram o quanto esses fatores prejudicam a inclusão e a acessibilidade até hoje.
André Naves, Defensor Público Federal e pessoa com deficiência após ser vítima de acidente automobilístico, alerta sobre o que a atração global retrata sobre situações vividas por famílias em todo o Brasil que não encontram apoio para reabilitação e tratamento adequado.
Confira o vídeo de André Naves
https://www.youtube.com/shorts/GHMXhh_SXkA?feature=share
A novela
Leonardo Roitman, vivido por Guilherme Magon, surge como o filho “secreto” de Odete Roitman (Débora Bloch). Dado como morto na versão original, ele agora reaparece na trama como cadeirante vítima de um grave acidente, algo que foi mantido em segredo por sua mãe e pela governanta Nice. O personagem não teve nenhum tipo de tratamento para reabilitação após o acidente e enfrenta graves sequelas do acidente.
Sua presença provoca uma reviravolta dramática ao confrontar os laços familiares e os segredos guardados por Odete, contribuindo significativamente para o desenvolvimento emocional de personagens como Heleninha. Mais recentemente, a novela mostra que o personagem pode ser a salvação de um irmão, que enfrenta leucemia