Dados apresentados na 1ª Jornada Estadual de Conscientização do Autismo apontam que 57% da população conhece pessoas com TEA
A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), promoveu nesta terça (02) a 1ª Jornada Estadual de Conscientização sobre o Autismo na capital. Entre as novidades apresentadas, um levantamento inédito da Fundação Seade revela que 57% da população declarou conhecer ou ter em sua residência alguém com Transtorno de Espectro Autista (TEA).
Dentre os 67% que fazem algum tratamento ou terapia específica para autismo, apenas ⅓ usa exclusivamente serviços públicos. Para o secretário Marcos da Costa, a pesquisa ajuda a direcionar políticas de inclusão. “Este tipo de pesquisa tem o poder não apenas de gerar conhecimento, mas de aplicar esse conhecimento de maneira prática para transformar a realidade social”, destaca o secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa.
A “Pesquisa de Percepção sobre o Transtorno de Espectro Autista do Estado de São Paulo” da Fundação Seade realizou, entre os dias 21 e 23 de março, 5.823 entrevistas com pessoas com idade a partir de 18 anos para captar a percepção do paulista sobre o assunto. Para a analista de pesquisa da Fundação Seade, Rosana Miguel, os dados possibilitam que a sociedade reflita sobre o tema. “À medida que as informações sobre o TEA se tornam acessíveis ao público, as pessoas passam a reconhecer mais os sinais e as características, seja em si mesmas ou nos outros, o que contribui para uma sociedade mais inclusiva e solidária”.
Destaques da pesquisa
Em relação às características comportamentais das pessoas autistas, 92% dos paulistas declararam saber que os indivíduos dentro do espectro podem ter dificuldades de comunicação com outras pessoas e 87% tem conhecimento que elas podem ter sensibilidade aumentada à luz, ruído ou som.
Sobre o nível de conhecimento do autismo, 26% da população se declara bem informada e 16% pouco informada. Já a grande maioria dos paulistas (72%) considera a sociedade pouco informada sobre o tema.
Os entrevistados ainda sinalizaram que, entre as formas de inclusão das pessoas com autismo, 35% acredita que a inclusão escolar e profissional está entre as melhores práticas, seguido de 24% que considera a garantia de direitos como a melhor estratégia, 21% que crê na sensibilização da sociedade e 12% na adaptação de ambientes.
A pesquisa completa está disponível no link: https://spsocial.seade.gov.br/wp-content/uploads/sites/29/2024/04/SP-Social_Pesquisa-percepcao-transtorno-espectro-autista-sao-paulo.pdf
Fonte: Comunicação Social da SEDPcD