Renata Torres e Kaká Rodrigues, especialistas em diversidade e inclusão, explicam como o tema pode ser desenvolvido tanto em empresas de pequeno quanto de grande porte
Há uma preocupação maior das empresas em trazer a diversidade e a inclusão para dentro do ambiente corporativo. Essa atenção é compartilhada entre vários países de todo o mundo, inclusive o Brasil. A Pesquisa Diversidade, Equidade e Inclusão nas Organizações 2023, da consultoria de negócios Deloitte, mostra que mais de 90% das organizações nacionais reconhecem que as práticas voltadas a este tema não só promovem um ambiente corporativo mais acolhedor, como também geram valor e melhoram a qualidade da força de trabalho, além de aumentar a retenção de colaboradores.
No entanto, o estudo revela também os maiores desafios encontrados pelas empresas na implementação de ações de diversidade e inclusão, que incluem um alto índice de resistência interna, uma cultura organizacional já estabelecida atrelado a um ambiente conservador, e a baixa aderência das lideranças aos projetos propostos.
“Muitas empresas alegam que estão investindo em diversidade e que esta é uma prioridade, mas é necessário analisar o que de fato está sendo realizado. Ter iniciativas de diversidade dentro da organização não significa necessariamente que há uma cultura de inclusão naquele ambiente. As ações só se tornam efetivas com a participação das pessoas colaboradoras, que podem e devem ser incentivadas primeiramente pelas lideranças”, explica Kaká Rodrigues, especialista em diversidade e inclusão e cofundadora da consultoria Div.A – Diversidade Agora!
Apesar de grandes corporações possuírem mais capital e estruturas para investir em programas de diversidade e inclusão, isso não significa que as pequenas e médias empresas (PMEs) estejam impossibilitadas de promover a diversidade. “As PMEs podem ser mais ágeis e ter a capacidade de implementar mudanças culturais mais rapidamente devido à sua estrutura menos complexa e à proximidade dos proprietários com as operações diárias”, explica Kaká. Além disso, estudos da McKinsey sugerem que a diversidade pode ser uma alavanca de performance e crescimento para empresas de todos os tamanhos, indicando que, mesmo com recursos limitados, as PMEs podem investir em diversidade e inclusão para melhorar seu desempenho financeiro e competitivo.
Segundo Renata Torres, também cofundadora da consultoria Div.A – Diversidade Agora! e especialista em diversidade e inclusão, a consultoria lançará em abril uma nova plataforma que tem o objetivo de suportar as empresas neste assunto. “Durante o Web Summit Rio, faremos a apresentação e primeira demonstração oficial da Div܂AI, uma nova plataforma digital com inteligência artificial, que vai democratizar o acesso ao mapeamento de cultura inclusiva”, anuncia.
Renata explica ainda como a nova ferramenta irá auxiliar as organizações. “A plataforma vai ampliar o potencial de levar a consciência do valor da diversidade e da inclusão para empresas que ainda não possuem uma estratégia voltada a essa área, ou que possuem uma estrutura organizacional que não comporta um projeto de consultoria de planejamento estratégico para o tema”, esclarece.
A demonstração da Div܂AI acontecerá no dia 17 de abril, no estande da plataforma no Web Summit Rio, no Rio Centro. Com esta nova inteligência artificial, a consultoria Div.A pretende ampliar a implementação efetiva de diversidade e inclusão nas empresas de todo o país, sejam de grande ou pequeno porte, melhorando os relacionamentos humanos dentro do ambiente corporativo, trazendo mais oportunidades para todas as pessoas e, consequentemente, aumentando a produtividade das organizações.