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  • qui. set 19th, 2024

As Paralimpíadas e a visibilidade das pessoas com deficiência

As Paralimpíadas e a visibilidade das pessoas com deficiência OPINIÃO - * Por Daniel Dias

OPINIÃO

  • * Por Daniel Dias

Hoje, num mundo onde a verdadeira inclusão ainda luta para se firmar, os Jogos Paralímpicos emergem como um farol de esperança e mudanças. Não são apenas um evento esportivo qualquer; são um grande palco que mostra o talento, a coragem e o desafio triunfante de indivíduos que se recusam a ser definidos pelas suas limitações – pessoas com deficiência (PCD).

As Paralimpíadas são um caminho onde os participantes desafiam e derrotam os conceitos errados que as pessoas têm em relação à deficiência. O público observa indivíduos superando limitações físicas e mentais que parecem intransponíveis e isso os leva a reavaliar suas percepções sobre as pessoas com deficiência, bem como seus próprios preconceitos. Esses esportistas não deixam que suas deficiências os definam; eles extraem sua identidade de sua habilidade, força, coragem e sucesso que alcançaram na vida. Como sempre digo: “Não é uma deficiência que nos define, o que nos define está dentro de cada um de nós”.

Todo atleta carrega coragem e determinação em seu coração. As suas histórias individuais e a sua odisseia na arena ressoam como reservatórios de inspiração para milhões de pessoas em todos os continentes. Servindo de inspiração para quem os assiste e se interessa pela trajetória que carregam consigo.

Abrindo caminho para uma representação mais justa das pessoas com deficiência na mídia e na sociedade em geral, os Jogos Paralímpicos apresentam histórias e realizações dos atletas, aumentando assim o reconhecimento das capacidades e contribuições para construir um mundo mais inclusivo, onde a deficiência não prejudica seus valores. 

Não apostando apenas em resultados midiáticos, a organização dos Jogos Paralímpicos promove nas cidades-sede investimentos para acessibilidade nas infraestruturas, desde estádios a sistemas de transportes públicos, benefício este que apoia as comunidades locais, uma vez que tende a ser permanente ou, que pelos menos servem para abrir os olhos dos cidadãos para problemas que não eram vistos anteriormente.

Enfim, para mim, os Jogos Paralímpicos são, sem dúvida, um evento de grande peso social no cenário mundial. Por isso, é essencial que continuemos a apoiá-los e a celebrá-los, reconhecendo a sua capacidade única de inspirar mudanças positivas no mundo.

*O conteúdo dos artigos assinados não representa necessariamente a opinião do Mackenzie.

Sobre o Instituto Presbiteriano Mackenzie 

É uma instituição privada educacional e de saúde, confessional e sem fins lucrativos. Desde sua fundação, é agente de uma série de inovações pedagógicas e acompanha e influencia o cenário da educação no País. Um de seus principais objetivos é formar cidadãos com capacidade de discernimento, com critérios e condições para fazer a leitura do mundo em que vivem, a partir de valores e princípios eternos, e que sejam aptos a intervir na sociedade. 

Ao longo de sua existência, implantou cursos com o objetivo de abranger novas áreas do conhecimento e acompanhar o progresso da sociedade com intensa participação comunitária. Tornou-se reconhecido pela tradição, pioneirismo e inovação na educação, o que permitiu alcançar o posto de uma das mais renomadas instituições de ensino, entre as que mais contribuem para o desenvolvimento científico e acadêmico do País. Como entidade confessional, promove o desenvolvimento de cidadãos que sejam solidários, responsáveis e busquem a Deus em seus caminhos. 

O Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) é a entidade mantenedora e responsável pela gestão administrativa da Universidade Presbiteriana Mackenzie nos campi São Paulo, Alphaville e Campinas, das Faculdades Presbiterianas Mackenzie em três cidades do País: Brasília (DF), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ), bem como das unidades dos Colégios Presbiterianos Mackenzie de educação básica em São Paulo, Tamboré (em Barueri – SP), Brasília (DF) e Palmas (TO). Além do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie Paraná (Curitiba), que presta mais de 90% de seu atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e integra o campo de estágios da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR). 

O Mackenzie tem missão cuidadora e educadora, de cultura empreendedora e inovadora.

  • * Daniel Dias é Ex-Atleta Paralimpico patrocinado pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM)
One thought on “As Paralimpíadas e a visibilidade das pessoas com deficiência”
  1. Olá, minha gente brasileira! Quero fazer um desabafo com base no que tenho visto em relação as paralimpíadas e lendo esse artigo, fiquei muito feliz porque é muito esclarecedor a cerca do que eu já vinha pensando a dias. Fico impressionada com o desempenho, esforço e conquistas dos nossos atletas paraolímpicos e pude notar como a visibilidade das competições e deles não tem sido a mesma ocorrida nas diversas redes e mídias sociais em comparação com as olimpíadas! Será que não são todos atletas e cidadãos brasileiros? Qual a diferença ? O que pode significar essa falta de repercussão dos maravilhosos feitos desses heróis competentes, disciplinados, fortes e resilientes como são os demais das olimpíadas? É lamentável esse comportamento social que aponta claramente para um cenário de desigualdades, discriminação, desinteresse e exclusão social de determinados grupos específicos da nossa sociedade! O Brasil já soma até o momento com 23 medalhas de ouro, 35 de prata e 37 de bronze totalizando 85 nessa edição de jogos paralímpicos, ocupando por enquanto o 5° lugar no ranking dos países participantes em comparação aos resultados dos jogos olímpicos cujo quadro de medalhas foi: 3 de ouro, 7 de prata e 10 de bronze num total de 20, ficando no 20° lugar. Nada contra a divulgação dos jogos olímpicos e o reconhecimento dos nossos atletas, mas o números das medalhas dos jogos paralímpicos e as conquistas dos atletas ainda que com resultados superiores, estão longe de serem expressamente divulgados e efusivamente reconhecidos como foi feito nas Olimpíadas com os outros atletas. Não é estranho? Questiono a tamanha demonstração do modo como as desigualdades são bastantes claras para com as pessoas com deficiência (PCDs) e esse só é um dos aspectos da ponta do “iceberg”. Existe muitas outras formas de tratamento desigual para com esse público e outros grupos excluídos tanto no Brasil quanto fora e falo isso com muita tristeza e pesar. Precisamos ser agentes de conscientização e transformação desse absurdo social e igualmente de outras manifestações de exclusão social de grupos e pessoas ! Parabéns, Gabielzinho e a todos os demais atletas que estão brilhando nas paralimpíadas como pessoas resilientes que superam seus próprios limites com grandioso e redobrado esforço, determinação, ousadia, coragem e outras qualidades superlativas, mostrando a todos nós, que apesar das limitações que todos temos de alguma forma como vocês tem as suas, não nos desqualifica nem determina quem somos como seres humanos ! Vocês estão conquistando e podem conquistar muito mais, acreditando no potencial que Deus os brindou . Todos somos iguais perante Deus e deveria ser assim também diante dos homens. O certo é que Independente de ganhar ou não medalhas, vocês são mais vencedores em Cristo, porque é tudo por Ele, através dEle e para Ele que igualou e incluiu a todos aos pés da cruz! Um beijão no coração de cada um brasileiro e dos demais participantes de outras nacionalidades que estão dando lição de vida ao mundo inteiro! Que Deus os siga abençoando ! Miss. Nely Soares de Souza 👍🏾🙏🏽🌻🌻🌻🌻😇😇😇😇😘😘😘😘👏🏾

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