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  • dom. nov 24th, 2024

Crianças de colégio de São Paulo desenvolvem projeto sobre o uso de cães terapêuticos

Crianças de colégio de São Paulo desenvolvem projeto sobre o uso de cães terapêuticos

Alunos do 5º ano do Colégio Marista Arquidiocesano aprendem como os pets ajudam com as emoções

Os cães terapêuticos desempenham um papel bastante importante na saúde mental e emocional das pessoas. 

A interação com os pets pode reduzir significativamente os níveis de estresse e ansiedade. O ato de acariciar um cão pode liberar endorfina, que ajuda a promover sentimentos de calma e bem-estar. Alguns estudos mostram que a presença de cães pode aumentar os níveis de serotonina e dopamina, neurotransmissores associados ao humor positivo. Isso é especialmente benéfico para pessoas que enfrentam depressão ou outros distúrbios emocionais.

Essa é a temática discutida pelos alunos do 5º ano do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado na Zona Sul de São Paulo (SP), no projeto “DivertidaPET: como os animais ajudam com as emoções”. O trabalho está sendo orientado pela coordenadora pedagógica Lilian Gramorelli e conduzido pela professora Juliana Costa de Oliveira Arantes e faz parte do desenvolvimento do Projeto de Intervenção Social (PIS) da turma, prática pedagógica Marista que promove o diálogo e o protagonismo, permitindo entender as necessidades humanas e sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas.

O projeto tem como objetivo entender as emoções humanas e de que maneira os animais podem auxiliar a lidar com elas, quais os benefícios dessa relação de confiança e quais os cuidados necessários quando se opta por ter animais de estimação. 

“Em uma conversa informal com alguns alunos, surgiu o interesse em trabalhar com as emoções e de que maneira os animais ajudam a lidar com elas. Estávamos na semana do lançamento do filme Divertida Mente 2, logo as crianças pensaram no título DivertidaPET”, revela a professora Juliana.  

Com isso, a turma se interessou em pesquisar mais a respeito de cães terapêuticos. Durante o período das Olimpíadas , os alunos leram a respeito da ginasta Simone Biles e o cachorro da raça golden retriever que atua como cão social. Ele é considerado o primeiro pet terapêutico oficial.

Está sendo produzido um “diário coletivo” em que os alunos podem escrever de que maneira seus animais de estimação ajudam com as emoções e, caso a não tenham pet, é sugerido que a criança entreviste algum familiar/amigo para registrar as suas observações. Cada dia um aluno leva o diário para casa e faz o seu registro. 

A turma também ouviu a história “O novelo de emoções”, da escritora Elizabete Neves e pode conversar a respeito do livro. Depois, a professora elencou cinco emoções para que os pequenos criassem as “caixinhas das emoções”: ansiedade, alegria, nojinho, raiva e inveja. Nessas caixinhas, que ficarão expostas na sala de aula, terão frases de autoajuda escritas pelos alunos. 

Como intervenção do projeto, os estudantes e seus familiares farão uma “Cãominhada” no parque do Ibirapuera, na capital paulista, reforçando a importância dessa relação de confiança (entre pets e humanos) e os cuidados necessários que se deve ter ao adotar um animal de estimação. 

“Os pets são valiosos não apenas como animais de estimação, mas como parceiros essenciais no suporte à saúde mental e emocional. Para muitas pessoas, especialmente aquelas que estão enfrentando situações difíceis como luto ou solidão, os cães terapêuticos oferecem companheirismo incondicional e conforto emocional”, reforça a professora Juliana. 

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