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  • qui. jan 9th, 2025

Abramge pede suspensão de Consulta Pública da ANS sobre reajustes em planos de saúde

Abramge pede suspensão de Consulta Pública da ANS sobre reajustes em planos de saúde

Associação destaca a necessidade de consultas públicas individualizadas para garantir maior participação social e um debate mais aprofundado sobre mudanças regulatórias no setor

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) solicitou à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a suspensão imediata da Consulta Pública 145, que tem como objetivo coletar contribuições para uma proposta de reformulação da Política de Preços e Reajustes do setor. A consulta também prevê outros três temas relevantes: mecanismos de regulação financeira, venda online e revisão técnica. Para a Abramge, a consulta deve ser reformulada para contemplar processos específicos e individualizados para cada um desses temas, permitindo maior aprofundamento nas discussões.

Aberta no último dia 19 de dezembro, a Consulta Pública 145 está prevista para encerrar em fevereiro de 2025. Segundo a associação, as alterações propostas têm o potencial de modificar o horizonte regulatório de forma significativa e, por isso, exigem maior detalhamento e tempo para análise.

“[A Abramge] compreende que a condução da consulta pública com temas tão díspares e de tamanho impacto viola a participação social, atraindo a nulidade do ato, haja visto impede que a sociedade tenha tempo e organização para apresentar críticas e sugestões relevantes e profundas sobre os temas regulatórios postos em análise”, afirma o ofício enviado pela Abramge à ANS.

A entidade também pontua que a participação social prevista na legislação é um requisito essencial para a validade do processo regulatório, conforme estabelecido pela Lei nº 13.848/2019 e o Decreto nº 10.411/2020. Nesse contexto, a Abramge destaca que a falta de foco e organização adequada na análise dos temas compromete a qualidade e legitimidade das contribuições recebidas.

“O que nós buscamos é a plenitude do mecanismo de se ouvir a sociedade. Não somos contrários à consulta sobre os temas, mas é imprescindível que ela seja conduzida de forma individualizada, permitindo uma análise mais aprofundada e efetiva. É necessário que haja uma consulta para cada norma que a ANS propõe alterar”, afirma Gustavo Ribeiro, presidente da Abramge.

Como alternativa à suspensão, a associação propõe que a ANS estabeleça prazos sucessivos de 45 dias para cada um dos quatro temas abordados na consulta. Essa medida, segundo a Abramge, permitiria que operadoras, prestadores de serviços e consumidores pudessem contribuir de forma mais assertiva e estruturada.

“Cada um dos temas, de tão profundos que são, exigem maior foco e tempo nas respectivas discussões, o que não pode ser feito com efetividade dentro de um grande pacote tão dispare como o originariamente proposto pela agência”, disse o presidente da entidade.

A Abramge reafirma seu compromisso com a modernização da regulação setorial e se coloca à disposição para contribuir com propostas que promovam a sustentabilidade e a eficiência da saúde suplementar no Brasil.

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