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  • qui. jan 30th, 2025

Renúncia ao trabalho é realidade para maioria das mães atípicas

Renúncia ao trabalho é realidade para maioria das mães atípicas

Políticas públicas eficazes e iniciativas inclusivas dentro das empresas são medidas necessárias para mães atípicas que desejam trabalhar

Conciliar as atividades profissionais à chegada de um filho costuma ser desafiador na vida de muitas mulheres. Sem contar as dificuldades impostas pelo mercado de trabalho que ainda as pune em razão da maternidade. Para as mães atípicas os desafios são ainda maiores. Ao se deparar com o diagnóstico de uma síndrome, transtorno, doença rara ou deficiência, os cuidadores – sobretudo as mães – iniciam uma jornada de renúncias que, na maioria das vezes, incluem o trabalho e a carreira.

“É como se virasse a vida da família de “cabeça para baixo”, pois será necessário repensar a rotina, as finanças e tudo mais para que seja adequado a nova realidade do filho que precisará de acompanhamento, seja de médicos ou equipe multidisciplinar”, conta Mariana Bonnás. A psicóloga dedica-se ao atendimento exclusivo da maternidade atípica e afirma que não são raras as histórias de mães que precisam abandonar o emprego para se dedicar integralmente às necessidades do filho.

“Nem sempre elas poderiam abrir mão do trabalho pela questão financeira, mas a falta de flexibilidade na jornada e as demandas muitas vezes diárias de terapias faz com que as mães sequer tenham disposição ou tempo de procurar emprego”, comenta.

Bonnás destaca ainda o impacto na saúde mental dessas mães. “Elas costumam começar a não se enxergar mais nas coisas, pois o seu papel de mãe encobrirá todos os demais”, alerta.

Medidas de inclusão ainda são escassas

Em análise na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 2697/24 institui uma política de incentivo para a contratação da mãe atípica, na qual as empresas que aderirem ao programa terão 100% de dedução em suas contribuições previdenciárias patronais. Já as pessoas físicas terão dedução de 60% em sua declaração do imposto de renda atual. Contudo, as iniciativas ainda são escassas.

Para Bonnás, além da falta de uma rede de apoio, muitas vezes, no próprio núcleo familiar, as mães atípicas lidam com a ausência de políticas públicas eficazes e de medidas inclusivas dentro das organizações. “As empresas nem sempre entendem as necessidades específicas dessas famílias. Para retornar ao mercado de trabalho, as mães precisam do suporte do empregador, de mais flexibilidade de horário, entre outras medidas”, avalia.

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