Teste da orelhinha completa 15 anos ainda distante da cobertura ideal

Teste da orelhinha completa 15 anos ainda distante da cobertura ideal

Teste da orelhinha completa 15 anos ainda distante da cobertura ideal

O exame é simples, rápido, não dói e pode mudar a vida de uma criança. Criado para identificar perdas auditivas logo nos primeiros dias de vida, o teste da orelhinha é obrigatório no Brasil desde 2010. Mas, passados 15 anos da lei que determinou sua gratuidade nas maternidades, o exame ainda não chega a todos os recém-nascidos brasileiros.

Levantamentos mais recentes apontam que a cobertura média nacional ainda está abaixo dos 70%, longe da meta de 95% preconizada por especialistas e órgãos internacionais. O problema é mais evidente na rede pública e em estados das regiões Norte e Nordeste.

“O diagnóstico precoce é fundamental para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação. Quando a perda auditiva não é identificada logo, o impacto pode ser grande e, muitas vezes, irreversível”, afirma o otorrinolaringologista Gilberto Ulson Pizarro, do Hospital Paulista.

Desigualdade preocupa

A triagem auditiva neonatal — nome técnico do teste — é feita com uma pequena sonda inserida no ouvido do bebê, que capta as respostas a estímulos sonoros. O exame pode ser feito enquanto a criança dorme e dura apenas alguns minutos.

Segundo dados compilados pelo Ministério da Saúde e estudos publicados pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, a taxa de realização do exame varia conforme a região e o tipo de maternidade. Hospitais particulares, em geral, cumprem a norma com mais regularidade. Já na rede pública, faltam profissionais especializados, como fonoaudiólogos, além de equipamentos adequados.

Em estados como Mato Grosso do Sul e São Paulo, a cobertura já é próxima da universal. Mas no Norte do país, por exemplo, a taxa de triagem auditiva não chega a 30%.

Prevenção que muda vidas

A cada mil bebês nascidos no Brasil, estima-se que entre um e seis apresentem algum grau de perda auditiva. Em casos mais graves, quando não diagnosticados precocemente, os prejuízos podem afetar o aprendizado, a fala e até o desenvolvimento emocional da criança.

“A triagem feita logo nos primeiros dias permite que o tratamento comece ainda no primeiro semestre de vida. Isso aumenta muito as chances de a criança se desenvolver plenamente”, afirma o Dr. Gilberto.

Se houver falha no exame, o procedimento deve ser repetido em até 30 dias. Em casos confirmados, o tratamento pode incluir o uso de aparelhos auditivos, implantes cocleares e acompanhamento fonoaudiológico.

Falta informação

Especialistas destacam que, além da obrigatoriedade, é preciso reforçar a conscientização das famílias. Muitos pais saem da maternidade sem saber que o exame deveria ter sido feito. E, nos casos em que o teste falha, é comum que o retorno para nova avaliação não ocorra dentro do prazo ideal.

“Conscientizar é tão importante quanto garantir a estrutura. Se os pais não souberem da importância do exame, todo o sistema de triagem fica comprometido”, alerta o especialista.

Serviço

O teste da orelhinha é gratuito e deve ser feito ainda na maternidade, preferencialmente entre 24 e 48 horas após o nascimento. Caso o bebê não tenha feito o exame, os pais devem procurar uma unidade básica de saúde ou um serviço de referência até o primeiro mês de vida.

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