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Instituto Aliança contra Hanseníase participa do maior evento em dermatologia da Europa

ByJornalismo Diário PcD

set 24, 2022
Instituto Aliança contra Hanseníase participa do maior evento em dermatologia da Europa

Organização internacional com atuação no Brasil, o Instituto Aliança contra Hanseníase (AAL, na sigla em inglês: Alliance Against Leprosy) teve presença ativa na edição 2022 do Congresso Europeu de Dermatologia, que aconteceu na cidade de Milão, na Itália. Com apresentação de e-pôster e estande que mostrou as experiências bem-sucedidas da ação TECHansen e o projeto Sapatarias Digitais, a instituição foi representada pela fundadora, Dra. Laila de Laguiche, acompanhada pela dermatologista Dra. Marcela Trotta.

O evento reuniu especialistas de todo o mundo em torno de debates, fórum educacional, apresentações de cases e workshops. Foram mais de 170 sessões de aperfeiçoamento e inovação nas áreas de pesquisa e atendimento ao paciente em dermatologia. O presidente da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia, Alexander Stratigos, destacou que o congresso promove a colaboração científica. 

Única organização com foco em hanseníase presente no Congresso, o Instituto Aliança contra Hanseníase compartilhou com especialistas de todo o mundo seus esforços para levar mais qualidade de vida às pessoas acometidas pela doença e os expressivos resultados já alcançados. Por meio do Projeto TECHansen, dedicado à doação de materiais, equipamentos e dispositivos de tecnologia assistiva para pacientes que apresentam deficiências físicas ou alterações ocasionadas pela hanseníase, foram atendidos 15 estados brasileiros entre agosto de 2021 e setembro de 2022, gerando um total de 1.733 materiais doados. A iniciativa é viabilizada com doações de empresas e da sociedade civil. 

Nas Sapatarias Digitais, a proposta é oferecer calçados adaptados com palmilhas produzidas em impressoras 3D. Um sistema computadorizado mapeia todas as características dos pés de cada paciente e é capaz de desenhar um produto que atende às necessidades de cada pessoa, garantindo que ela tenha mais mobilidade no dia a dia. Sabe-se que a hanseníase em grau avançado pode gerar deformações que dificultam ou até impedem o uso dos calçados convencionais, além de prejudicar a locomoção. O projeto tem a colaboração da Companhia Internacional da Ordem de Malta contra a Hanseníase (CIOMAL, na sigla em francês).

“Muitos dermatologistas que trabalham com hanseníase se mostraram extremamente empolgados e interessados nos projetos da Aliança contra Hanseníase. Recebemos em nosso estande profissionais de diferentes regiões do mundo e mostramos nossa capacidade de unir ciência, tecnologia e filantropia”, avalia Dra. Laila de Laguiche, que é dermatologista e hansenologista. 

No e-pôster, foi destacado que as ações da AAL contribuem com a Estratégia Global para Hanseníase 2021-2030, no que se refere ao manejo da hanseníase e suas complicações e na prevenção de novas incapacidades, oferecendo funcionalidade nas atividades diárias e melhorando a qualidade de vida desses indivíduos.

Intercâmbio de experiências

Para a Dra. Marcela Trotta, o evento também permitiu conhecer e se inspirar com o trabalho de médicos que atuam junto às populações de grande vulnerabilidade social, entre os quais há grande transmissão de doenças. “Pudemos trocar ideias sobre porque o diagnóstico de hanseníase parece estar aumentando em locais do globo onde a doença era considerada controlada”, relata a médica. “Grande parte da população mundial não sabe que a hanseníase ainda existe. É importante manter diálogo e educação sobre o diagnóstico precoce, sobre a existência de profissionais especializados aptos ao tratamento do paciente, a situação de subdiagnóstico e as sequelas potenciais da doença. É preciso abrir diálogo internacional para construir meios de controlar esta doença milenar que continua causando sequelas disfuncionais e estigmatizantes. Esperamos que instituições como a AAL recebam cada vez mais espaço de divulgação nos eventos brasileiros e internacionais, para que o esforço em benefício da população com hanseníase possa ter espaço para se concretizar”, conclui. 

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