Ceweb.br oferece minicursos gratuitos para promover boas práticas de acessibilidade digital

Ceweb.br oferece minicursos gratuitos para promover boas práticas de acessibilidade digital

Com foco na nova norma ABNT NBR 17225, iniciativa faz parte do “Todos na Web” e acontecerá durante as quintas-feiras de agosto

Desenvolvida sob a coordenação do Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br), a norma técnica ABNT NBR 17225 representou um marco para a acessibilidade digital no Brasil. O documento estabelece requisitos para facilitar o acesso, sobretudo de pessoas com deficiência, a ambientes virtuais e reduzir barreiras na navegação por websites. Lançada em março deste ano, a norma preencheu uma lacuna ao oferecer documentação técnica em português, organizada por especialistas em acessibilidade digital brasileiros, alinhada às diretrizes internacionais mais atualizadas sobre acessibilidade Web. Para incentivar designers, produtores de conteúdo, professores, consultores, desenvolvedores e gestores a adotarem boas práticas na construção de produtos digitais, o Ceweb.br — departamento do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) —, oferecerá quatro minicursos gratuitos que abordarão requisitos e recomendações da norma. As aulas serão transmitidas via canal do NIC.br no YouTube, durante as quintas-feiras de agosto.

A iniciativa é uma continuação do Todos na Web – Boas práticas para acessibilidade digital, evento realizado em junho deste ano, em São Paulo (SP), e tem o apoio da Embaixada Britânica e da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos. O W3C Chapter São Paulo, a organização Acesso Para Todos e o Movimento Web Para Todos, são parceiros do projeto.

“No evento presencial, em junho, fizemos uma introdução à norma, e agora nosso objetivo é aprofundar os conteúdos apresentados. A ABNT NBR 17225 significou um grande avanço para o Brasil ao reunir os mais recentes padrões internacionais de acessibilidade digital e, ao mesmo tempo, torná-los mais inteligíveis e aplicáveis, contribuindo para o fortalecimento de um ambiente digital mais inclusivo”, destaca Reinaldo Ferraz, especialista em acessibilidade digital no Ceweb.br|NIC.br, e responsável por coordenar o grupo de trabalho que elaborou o documento.

Os minicursos acontecerão sempre das 9h ao meio-dia e contarão com audiodescrição, Libras e estenotipia. Para receber certificado de participação, é necessário fazer a inscrição no site do Todos na Web.

Os conteúdos abordados seguem as Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG) 2.2 do World Wide Web Consortium (W3C). A iniciativa se soma a uma série de ações do NIC.br e do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) em prol do desenvolvimento de uma Internet mais aberta, segura, interoperável e acessível.

Confira a programação:

  • 07/08 – Publicação de conteúdo acessível 

Ministrado por Simone Freire e com a participação de Leonardo Gleison (Espiral Interativa / Movimento Web Para Todos), o primeiro minicurso apresentará, com profundidade, técnicas de produção de textos, descrição de imagens e outros elementos essenciais à acessibilidade da informação em materiais digitais.

  • 14/08 – Design acessível

Com foco no desenvolvimento de interfaces acessíveis, a atividade se concentrará no aprofundamento de técnicas relacionadas ao uso de cores, design de controles e formulários, animações e demais recursos visuais. O minicurso será ministrado por Odilon Gonçalves com participação de Leonardo Gleison(ambos do Movimento Web Para Todos).

  • 21/08 – Programação com foco em acessibilidade

Cláudia Martin Nascimento (Acesso Para Todos) fará uma apresentação voltada ao desenvolvimento de componentes Web acessíveis. Ela abordará questões como uso de marcação semântica, estruturação de cabeçalhos, tabelas, listas, regiões, interação por teclado, formulários e controles. Também discutirá boas práticas no uso da WAI-ARIA.

  • 28/08 – Conformidade com a norma ABNT NBR 17225

No último minicurso da série, Cláudia Martin Nascimento (Acesso para Todos) retorna com Sidney de Souza (Prodam-SP) para explicar como o uso de elementos como CAPTCHA, reconhecimento facial e componentes customizados pode representar barreiras de acesso. A atividade trará orientações práticas sobre como alcançar e declarar a conformidade com a norma ABNT 17225 e sua relação com as diretrizes WCAG 2.2, promovendo a acessibilidade digital em soluções e serviços online.

Novas ações

Vagner Diniz, gerente do Ceweb.br|NIC.br, adianta que outras iniciativas para ampliar a adoção da ABNT NBR 17225 estão previstas no âmbito da cooperação com a Embaixada Britânica e a Secretaria de Governo Digital. “Além das capacitações, vamos lançar uma cartilha e uma série de vídeos sobre a norma, dentre eles, um videocast com especialistas em acessibilidade digital para explicar como obter a conformidade com o documento e desenvolver aplicações acessíveis.”

A ABNT NBR 17225 traz 146 orientações, divididas entre requisitos e recomendações sobre temas, como interação por teclado, imagens, cabeçalho, uso de cores, formulários, entre outros. Além de abranger questões relacionadas ao desenvolvimento de sites, ela contempla boas práticas sobre gerenciamento de projetos, design e produção de conteúdo. A norma não apenas contribui para promover acessibilidade digital para pessoas com deficiência, mas beneficia também idosos, pessoas com limitações temporárias e população com baixo letramento digital.

Anote na agenda

Todos na Web – Boas práticas para acessibilidade digital

Dias: 7, 14, 21 e 28 de agosto

Horário: das 9h ao meio-dia

Transmissão: https://www.youtube.com/nicbrvideos

Programação completa: Link

Saiba mais

Norma ABNT NBR 17225: Leia aqui

Tradução das WCAG 2.2: Leia aqui

Sobre o Centro de Estudos sobre Tecnologias Web – Ceweb.br

O Centro de Estudos sobre Tecnologias Web do NIC.br foi criado em 2015 com a missão de conduzir ações e iniciativas que promovam o contínuo desenvolvimento da Web e de seus princípios originais, colaborando para que seja uma rede aberta, universal e acessível a todos. Traz, em seu histórico de atuação, os projetos já desenvolvidos no Brasil pelo Consórcio do W3C, que têm por essência o fomento e uso de tecnologias web em sua concepção. Além disso, o Ceweb.br amplia o escopo desse trabalho ao desenvolver estudos e pesquisas sobre essas tecnologias, que podem auxiliar na formulação de políticas públicas. São diversas publicações que buscam mostrar como as tecnologias padronizadas da Web podem auxiliar na transformação social com mais transparência em governos e instituições, mais liberdade, privacidade, acessibilidade e universalidade. Mais informações em: Link.

Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (Link) é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio.br, bem como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados provêm de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br (Link), CERT.br (Link), Ceptro.br (Link), Cetic.br (Link), IX.br (Link) e Ceweb.br (Link), além de projetos como Internetsegura.br (Link) e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (Link). Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (Link).

Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br

O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (Link). Mais informações em Link.

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