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  • sex. nov 22nd, 2024

Instituto Jô Clemente (IJC) inaugura Laboratório de Biologia Molecular 

Instituto Jô Clemente (IJC) inaugura Laboratório de Biologia Molecular 

Referência nacional na inclusão de pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras, o Instituto Jô Clemente (IJC) acaba de inaugurar o seu Laboratório de Biologia Molecular, na sede da Organização, no bairro da Vila Clementino, em São Paulo (SP). O laboratório tem previsão de começar suas operações em abril.  

Com o objetivo de internalizar testes genéticos para a triagem neonatal, por meio de PCR em tempo real, que até então eram feitos por parceiros externos, o local tem capacidade para realizar cerca de 32 mil testes de triagem neonatal por mês, podendo atender toda a demanda do município de São Paulo, que gira em torno de 7 a 8 mil amostras de recém-nascidos. Além disso, o novo laboratório abre a possibilidade de implementação de outros testes e de desenvolvimento de pesquisas aplicadas para soluções no cenário de doenças raras e complexas. 

“O Laboratório de Biologia Molecular do IJC possibilita a expansão de oferta de exames que auxiliam no diagnóstico de diversas doenças genéticas, como condições raras, deficiência intelectual e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Muitas dessas condições evoluem de forma extremamente grave e podem ser prevenidas e tratadas a partir do diagnóstico nos primeiros dias de vida do bebê”, diz a Drª Vanessa Romanelli, Pesquisadora e Supervisora do Laboratório de Biologia Molecular do IJC. 

Com equipamentos de ponta, serão realizados três diferentes exames para a triagem neonatal, por meio da metodologia de PCR em tempo real: imunodeficiência combinada grave (SCID); agamaglobulinemia (AGAMA); e atrofia muscular espinhal 5q (AME-5q). 

“A imunodeficiência grave combinada (SCID) é um grupo de doenças que afeta as células do sistema imunológico e constitui uma urgência em pediatria. Os bebês afetados parecem saudáveis ao nascimento, o que, em geral, ocasiona um atraso no diagnóstico e compromete o sucesso do tratamento e o prognóstico. Por isso, a triagem neonatal torna-se fundamental na prevenção de complicações e óbito dessas crianças, já que a condição possui tratamento. Por sua vez, a Atrofia Muscular Espinhal 5q (AME-5q) é uma doença neurodegenerativa, que causa a morte dos neurônios motores, acometendo os músculos e dificultando, progressivamente, os movimentos. Em casos mais graves, a respiração e deglutição são também afetadas. O diagnóstico ocorre por teste genético e pode ser realizado de forma precoce. A doença tem tratamento interdisciplinar e, atualmente, possui medicamentos de alto custo disponíveis para determinados casos no Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica Vanessa. 

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