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Dia da Escola: a importância da educação inclusiva para o desenvolvimento de todos

Dia da Escola: a importância da educação inclusiva para o desenvolvimento de todos

Em 15 de março é celebrado no Brasil o Dia Nacional da Escola, data que tem o objetivo de valorizar a importância dessa instituição para a sociedade e a construção de um país melhor. Quando abordamos esse tema, um ponto fundamental é que todos tenham acesso a uma educação de qualidade e aprendam a respeitar as diferenças.

Ao longo dos anos, a questão da “educação inclusiva x educação especial” vem sendo bastante discutida no Brasil. O conceito se baseia na inclusão das pessoas com deficiência na escola comum, convivendo com outras crianças sem deficiência. É comprovado que o convívio contribui para o desenvolvimento de todos, além de aprenderem a respeitar as diferenças.

Para comprovar as vantagens da educação inclusiva, uma pesquisa realizada, em 2009, pelo CEPI (Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação) do Instituto Jô Clemente (IJC) mostrou que crianças e adolescentes que frequentam as salas de aula comuns apresentam ganhos consideráveis em aspectos como identidade, autonomia, comunicação, linguagem, expressão, relacionamento interpessoal e aprendizagem.

O estudo apresentou os resultados de três anos de acompanhamento de 109 crianças com deficiência intelectual que saíram da escola especial que a Organização mantinha até 2009. Por meio de avaliações, entrevistas com professores e observações, constatou-se que as 62 crianças deste grupo que foram para as escolas regulares apresentaram maior desenvolvimento na comparação com as que foram para escolas especiais, além de grandes conquistas na autonomia, independência, sociabilidade e comunicação, o que demonstra que a educação inclusiva é o melhor caminho para a inclusão e para formar pessoas que respeitam as diferenças.

“A segregação dos jovens com deficiência intelectual, que acontece com a educação especial, impactaria diretamente nos resultados esperados em aprendizagem e autonomia, já que neste modelo de ensino eles não teriam a oportunidade de conhecer e enfrentar os desafios do dia a dia, que já se iniciam na escola e, também, aprenderem a respeitar as diferenças. Nós trabalhamos fortemente em todos os âmbitos para promover a inclusão das pessoas com deficiência intelectual. A educação inclusiva é uma pauta que precisa ser debatida por todos”, afirma Roseli Olher, supervisora da Inclusão Educacional do Instituto Jô Clemente (IJC).

Referência nacional na inclusão de pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras, o Instituto Jô Clemente (IJC) apoia e auxilia na promoção da educação inclusiva, oferecendo, no contraturno escolar, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) para crianças e adolescentes de 4 a 17 anos.

“Com o propósito de que o aluno possa construir autonomia a partir dos recursos e potencialidades que possui, o AEE dispõe de métodos educacionais e estratégias que são definidos de acordo com as características de cada criança/adolescente, favorecendo o rompimento das barreiras nos ambientes sociais, educacionais e familiares”, explica Roseli.

“Os estudantes com deficiência e sem deficiência têm ritmos diferentes, como qualquer pessoa em processo de ensino e aprendizagem, bem como em processo de desenvolvimento humano. Portanto, não é pertinente separá-los e privá-los de convívio, pois é comprovado que se aprende em coletividade”, completa.

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