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  • sex. set 20th, 2024

Aplicativo informa por audiodescrição as principais informações de um rótulo

Aplicativo informa por audiodescrição as principais informações de um rótulo

Confundir coco com queijo ralado. Fazer polenta utilizando farinha de arroz em vez de milho. Comprar um vidro de ketchup em vez de mostarda. Esses são apenas alguns dos inconvenientes que uma pessoa que vive com algum tipo de deficiência visual está sujeita a passar devido à falta de acessibilidade no varejo. Pensando em solucionar esse problema, três sócias se uniram para criar a ALIA INCLUI, aplicativo que informa por audiodescrição as principais informações de um rótulo, através da leitura do código barras.

A tecnologia permite que os usuários obtenham informações não só na hora da compra, mas também no consumo. Isso porque, ao cadastrar um produto na plataforma, as empresas precisam informar nome, peso, valores nutricionais, quantidade, entre outros dados.

Lançado em janeiro deste ano, o app é gratuito e está disponível para os sistemas Android e IOS. Até o momento, há mais de 20 mil produtos cadastrados na base de dados do ALIA INCLUI, sendo 90% deles com informações básicas para identificação do produto, conta Caroline Dall Acua, 36 anos, servidora pública gaúcha e cofundadora do aplicativo.

Atualmente, a empresa mantém dois tipos de parceria com empresas. As chamadas ‘aliadas’ fornecem o cadastro completo do produto – hoje, há três delas: Casa Valduga, Casa Madeira e Sorvetes Urca. Já as marcas parceiras fornecem informações básicas. Nesse caso, as parceiras atuais são as redes Supermercados Andreazza e Lojas Magnabosco. A meta da startup é ter 50 empresas aliadas ao fim de 2023.

“O nosso foco é conscientizar as marcas da importância de disponibilizarem aos clientes com deficiência visual a informação completa sobre seus produtos”, afirma Caroline, que tem baixa visão. O nome da startup, ALIA, representa os quatro pilares do negócio: acessibilidade, liberdade, inclusão e autonomia.

Embora tenha sido lançado em janeiro, o projeto é gestado desde de 2020. Além de Caroline, Débora Rosati e Tatiana Duarte são sócias e cofundadoras do negócio. Ao todo, já foram investidos R$ 250 mil na empresa.

“Nossa monetização se dá com as empresas aliadas, que adquirem um plano de cadastramento e divulgação dos produtos dentro da plataforma. Essas empresas recebem o selo de inclusão ‘Rótulo Acessível – Alia Inclui’”, explica Caroline.

O início da empresa remonta a 2020. Duarte, que trabalha com consultoria empresarial, falava com um cliente sobre a importância de embalagens e rótulos acessíveis. Foi quando ela percebeu alguns problemas. Por exemplo, o sistema braille costuma ser utilizado para informar apenas a marca e a categoria do produto, devido ao espaço disponível. Somam-se a isso o custo elevado de impressão e o fato de que uma parcela significativa da população com deficiência visual não é alfabetizada nesta língua.

Foi ao longo do seu processo de desenvolvimento que ela conheceu Caroline, que virou uma amiga e parceira de “propósitos” e “aliança do bem”, como ela mesma define. “Ao longo deste processo de imersão, conhecimento e desenvolvimento, foram sendo realizadas melhorias na plataforma, ao ponto que, hoje, o aplicativo ALIA INCLUI contempla a localização em tempo real do código de barras em um produto, e aviso sonoro para leitura e audiodescrição do mesmo, de forma completa e customizada”, diz Caroline.

Fonte: https://revistapegn.globo.com/

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